Em apoio a presidenta Dilma, algumas pessoas resolveram participar de forma pacífica das manifestações deste domingo (15). Em Porto Alegre, um “Coxinhaço” foi organizado pelas redes sociais e reuniu cerca de 600 pessoas em frente ao Monumento ao Expedicionário, no Parque da Redenção.
Desde às 10h, o grupo ouvia samba e assava coxinhas de frango em churrasqueiras em frente aos arcos do parque. Em entrevista ao Portal “G1”, um dos organizadores disse que o ato é uma diversão lúdica para contrapor o discurso tenso da outra manifestação que pede o impeachment da presidenta Dilma Rousseff.
Mas o clima não foi pacífico com todos que saíram às ruas para apoiar o governo hoje. Na Avenida Atlântica, um homem que saía da praia foi hostilizado por defender a presidenta Dilma. Após uma discussão com alguns manifestantes, ele foi cercado por policias para poder continuar seu caminho.
Segundo a revista “Época”, o fiscal da Fazenda Sérgio Moura foi cercado e agredido por pessoas que participavam do protesto em Copacabana, após gritar para os manifestantes irem para Miami. “Me agrediram, jogaram cerveja, me deram chute”, relatou.
“Não vou ficar calado. Vocês querem que tenha um golpe militar para todo mundo ficar calado? Eu defendo o meu direito de ser democrático. Vai para Miami, vai atrás do teu dinheiro”, repetia o funcionário público enquanto os manifestantes mandavam ele ir para Cuba.
Ainda de acordo com a “Época”, um homem com bandeira vermelha foi agredido por manifestantes contrários à presidenta Dilma. O mecânico Rogério Martins passava de bicicleta pela Avenida Atlântica, com uma bandeira vermelha enrolada no pescoço, e foi agredido e expulso do local por protestantes.
O mecânico foi derrubado da bicicleta e teve foi cercado por policiais, que o escoltaram até uma rua transversal. O trabalhador foi chamado de “ladrão” e “comunista”, mas não reagiu às agressões. Ele carregava uma bandeira vermelha com o símbolo do Movimento Nacional de Luta pela Moradia (MNLM), que foi arrancada por um homem de camisa da seleção brasileira. “Eu não fiz nada e tentaram me espancar”, disse o rapaz.
Por Danielle Cambraia, da Agência PT de Notícias