Mesmo afetada pela paralisação do transporte público, a população apoiou a mobilização e greve contra o desmonte da Previdência proposto pelo governo golpista de Michel Temer (PMDB). Diversos entrevistados por veículos como “Folha de S. Paulo”, “G1” e “Exame” afirmaram que, mesmo com o transtorno, apoiavam o movimento.
A analista de sistemas Isabel Trajano não conseguiu cumprir o trajeto do Parque do Carmo à avenida Paulista, em São Paulo. Mesmo assim, em entrevista à “Folha de S.Paulo”, ela afirmou que entendia o porquê da paralisação. Ela também disse que não acha viável contribuir 49 anos para se aposentar.
“Querem que eu apresente certidão de óbito para pleitear a aposentadoria?”, ironizou.
Erik Costa Santos também não conseguiu ir de Itaquera à Barra Funda, na zona oeste. Em entrevista, ele afirmou que “se o governo quer tirar conquistas dos trabalhadores, sou a favor de que parem mesmo”.
Ao “SPTV”, jornal local da Rede Globo em SP, Elielze da Fonseca, última da fila para pegar um ônibus do Terminal Varginha, afirmou: “É um absurdo, mas é por uma boa causa”.
“É um contratempo, mas sou a favor da paralisação. Também sou afetada [pela reforma da Previdência]”, disse Elina Maria, de 48 anos, que não conseguiu chegar na Paulista, ao portal “G1′.
Judite Rodrigues, também usuária do transporte público, afirmou ser a favor da paralisação. “Estou perto de me aposentar, se entrar na nova regra, aí ferrou”.
“Acho que atrapalhou bastante a vida mas tem que parar, reivindicar, discutir. Tomara que dê um bom resultado para nós”, afirmou Helena Dias, também afetada pela greve nos transportes.
Segundo reportagem da revista “Exame”, no Jabaquara, um funcionário do metrô que estava em greve foi aplaudido quando explicava para os usuários os motivos da paralisação – contra a reforma trabalhista e o desmonte da Previdência.
“A gente não quer prejudicar a população, mas quer defender os direitos dos trabalhadores”, afirmou o operador de trem da linha 1-azul, Altino de Melo.
Da Redação da Agência PT de Notícias