A presidenta Dilma Rousseff declarou, nesta quinta-feira (30), no Palácio da Alvorada, ao participar de reunião com os governadores dos 27 estados, que espera “cooperação federativa” para conseguir avançar em diversas áreas, como saúde, educação e segurança, além de possibilitar a retomada do crescimento econômico. Durante o encontro, a presidenta também defendeu o controle da inflação.
“O primeiro passo desse ciclo é garantir o controle da inflação. A inflação corrói a renda dos trabalhadores e o lucro das empresas. E promover o reequilíbrio fiscal. Essa redução da inflação vai criar as bases para um novo ciclo de expansão sustentável para o crédito”, avaliou a presidenta.
Dilma destacou os desafios que o país enfrenta e relembrou as dificuldades que o governo federal já enfrentou, como a última seca do Norte e Sudeste, o “colapso das commodities”, em 2014, que resultou na queda de preços de minério de ferro, soja, petróleo e proporcionou a desvalorização da moeda nacional.
“Não nego as dificuldades, mas o governo federal tem todas as condições de enfrentar os desafios. (…) Não nos falta energia e determinação para vencer esses problemas. Sei suportar pressão e até injustiça, isso é algo que qualquer governante tem de se capacitar, faz parte da sua atuação”, garantiu Dilma.
Durante o encontro, a presidenta solicitou apoio dos governadores contra propostas em tramitação no Congresso que possam afetar o Brasil, as conhecidas “pautas-bomba”.
“Sabemos que a estabilidade econômica é muito importante. E é uma responsabilidade de todos. A União tem que arcar com esse processo e assumir suas necessidades e condições. E, ao mesmo tempo, consideramos que, como algumas medidas afetam os estados e o país, os governadores precisam participar”, disse.
“Tenho alguns projetos legislativos de grave impacto. Em algumas situações, assumi o grave impacto no dinheiro público vetando. Todas essas medidas terão impacto para os estados, sem sombra de dúvida”, completou
Para a presidenta há medidas no legislativo “que preservam o dinheiro público”. “Tenho certeza que nós temos várias iniciativas que podemos estabelecer juntos, como por exemplo, a questão da reforma do ICMS”, lembrou.
“O bom caminho é o caminho da cooperação, porque é talvez a melhor tecnologia inventada pelo ser humano: cooperar. Mas também eu acredito que nós chegamos a um patamar no nosso País em que conquistamos muita coisa. Nós conquistamos a democracia. Nós conquistamos um País que olha e percebe que é possível incluir e crescer”, disse.
Dilma enalteceu as medidas para a retomada do crescimento econômico do Brasil, como a criação do Plano de Exportações e o Programa de Investimentos e Logística (PIL). “Estamos vivendo um período de transição para o novo ciclo de expansão, que vai ser puxado pelo investimento e aumento de produtividade”, afirmou.
Para impulsionar a economia brasileira, a presidenta reforçou a importância das concessões e lembrou que alguns governadores já apresentaram seus projetos.
Cooperação Federativa de Segurança – De acordo com a presidenta, há programas sendo elaborados na área de segurança, como o “Pacto Nacional Contra a Redução de Homicídios”. Ela ainda ressaltou que o governo deve tomar medidas que possam resolver o problema carcerário no país, com o trabalho conjunto dos estados.
Por Michelle Chiappa, da Agência PT de Notícias