O presidente da CPI da Violência contra Jovens Negros e Pobres, o deputado Reginaldo Lopes (PT-MG), entregou nesta quarta-feira (22) o relatório final da comissão ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Lideranças e representantes do movimento negro estiveram no Instituto Lula, em São Paulo, e debateram sobre os avanços dos últimos 12 anos e o futuro das políticas raciais brasileiras.
Segundo Celso Marcondes, diretor do instituto, o objetivo da reunião foi ouvir os representantes sobre as conquistas e, principalmente, sobre os próximos passos, para consolidar e ampliar o que foi conquistado.
O presidente da CPI destacou os resultados da comissão e apresentou seis projetos de lei que passarão a tramitar na Câmara, entre eles o que cria o Plano Nacional de Enfrentamento ao Homicídio de Jovens.
“A CPI fez um trabalho histórico. Pela primeira vez o legislativo federal reconheceu a existência do racismo institucional e o genocídio simbólico dos jovens negros e pobres resultante da ausência de políticas públicas do Estado brasileiro. Agora precisamos da mobilização de todos”, disse Lopes.
A Secretaria de Promoção de Políticas da Igualdade Racial (Seppir), criada em 2003, foi citada como exemplo de realização positiva, assim como o Prouni, que garantiu a uma parcela dos jovens negros o acesso à educação superior.
Ao final da reunião, o ex-presidente Lula relembrou conquistas recentes, como a criação de universidades federais, a ampliação do acesso ao ensino superior e afirmou que é momento de repactuar. Além de membros do movimento negro organizado, participaram quilombolas, acadêmicos, agricultores, deputados, e representantes dos movimentos sindical, social, estudantil e da cultura.
Da Redação da Agência PT de Notícias