Em meio à retirada de diretos dos trabalhadores, fim de programas sociais, redução do salário mínimo e uma crise econômica que só afeta o povo brasileiro, os juízes federais deram início, nesta quinta-feira (15) a uma greve em defesa da manutenção e recomposição inflacionária do auxílio-moradia.
A paralisação gerou repercussão entre parlamentares, lideranças e formadores de opinião que criticaram a postura corporativista e fora da realidade dos magistrados.
A verba que chega a R$ 4.378,00 por mês, é concedida como indenização para juízes que precisam repor gastos com moradia. A paralisação é organizada pela Frente Associativa da Magistratura e do Ministério Público (Frentas) e está realizando atos em diferentes capitais do país com o tema: “Recomposição salarial e dignidade da magistratura.”
O objetivo dos juízes é pressionar o Supremo Tribunal Federal que votará a validade do benefício no dia 22 de março. Atualmente, eles recebem o auxílio em caráter liminar.
O líder do PT no senado, Lindberg Farias, se manifestou pelas redes sociais. “O judiciário é uma casta de privilegiados, cujos rendimentos, em média, alcançam 50 mil reais, paralisar as suas atividades em defesa de um privilégio imoral é um escárnio!” disse o senador.
O senador é autor da PEC 38/2017 que prevê a extinção dos chamados “penduricalhos” no Judiciário, Legislativo e Executivo. A proposta visa garantir que ninguém receba auxílio moradia ou vencimentos acima do teto constitucional e que privilégios como 2 meses de férias e auxílios diversos sejam extintos.
O líder do PT na Câmara, deputado federal Paulo Pimenta, há muito vem chamando a atenção para a ameaça dos magistrados de parar os trabalhos pelo “benefício”. De acordo com ele, anualmente o benefício custa R$ 5 bilhões aos cofres públicos.
Da redação da Agência PT de Notícias