Ao visitar a cidade mineira de Montes Claros, nesta quinta-feira (15), Lula comparou seu governo com o de Jair Bolsonaro e convidou o povo brasileiro a, junto com ele, reconstruir o Brasil (assista ao discurso abaixo).
Falando ao lado de Alexandre Kalil (PSD) e Alexandre Siqueira (PSD), candidatos ao governo e ao Senado que ele apoia em Minas (veja aqui o Time do Lula em MG), Lula começou citando a falta de recursos para a merenda escolar, que no seu governo foi fortalecida como uma das estratégias de combate à fome.
“Vocês já perguntaram para a filha ou o filho de vocês a qualidade da comida estão recebendo na merenda escolar? Vocês sabiam que faz cinco anos que não aumenta 1 centavo para comprar a merenda nas escolas? Que, em muitas escolas, as crianças estão comendo biscoito porque não tem outra coisa para comer?”, indagou.
Lula fez então outra pergunta: “Por que o ministro da Fazenda ou o presidente da República não levam os filhos deles para ir numa escola comer a merenda escolar que eles dão para os filhos do povo brasileiro?”
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Segundo Lula, é um absurdo que a fome, que foi erradicada durante os governos do PT tenha voltado, sendo que o Brasil é um dos maiores produtores de alimentos do mundo. “Todo mundo sabe que um criança que não se alimenta direito até os 7 anos de idade pode não desenvolver toda a inteligência que ela poderia. A fome é feia, é dolorida.”
Ódio x vida melhor
Em seguida, ele lembrou como a vida da população melhorou durante seu governo. “36 milhões de pessoas saíram da extrema pobreza, e 42 milhões atingiram um poder de consumo de classe média baixa. As pessoas estavam felizes, tinham dinheiro para comprar o que comer, para viajar, para ir a um restaurante uma vez por mês levar seu filhos, para visitar seus parentes”, recordou.
E prosseguiu: “Este país, todo ano, aumentava o salário mínimo, e agora faz quatro anos que não aumenta. No tempo que eu era presidente, a aposentadoria dos trabalhadores saía no máximo em 20 dias. O auxílio maternidade saía quase no mesmo tempo em que a mulher estava dando à luz. Uma perícia médica que demorava nove meses passou a ser feita em cinco dias. Hoje, o povo está esperando até quatro anos na fila do INSS para se aposentar ou receber um benefício. Quando eu era presidente, as pessoas com deficiência, que recebiam o BPC, eram 20 dias para receber. Hoje, são 400 dias, mais de um ano”, indignou-se.
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Já Bolsonaro, ressaltou Lula, não faz nada para melhorar o país ou a vida das pessoas. Pelo contrário, só espalha ódio. “Eu já fui presidente da República e sei o que foi feito (em meu governo). Quando vocês encontrarem um bolsonarista aqui em Montes Claros, perguntem para ele o que o Bolsonaro fez por esta cidade. Pergunte cadê o Minha Casa Minha Vida, cadê a estrada que ele fez, cadê as obras? É nada. É só mentira e mais mentira, é só provocação e mais provocação, é só ofensa e mais ofensa.
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Livros x armas
Lula se mostrou revoltado com o fato de Bolsonaro tirar recursos de programas sociais, como o Farmácia Popular, e, ao mesmo tempo facilitar o acesso às armas. “Ele não é só mal educado. Ao invés de apostar na educação, ele está vendendo armas, facilitando a compra de fuzil, de metralhadora, de pistola e milhares de balas”, apontou.
“No meu tempo, a gente distribuía 16 milhões de livros didáticos no ensino médio. No meu tempo, o MEC era o maior comprador de livros do mundo, porque é isso que a gente tem que distribuir. Tem que fomentar acesso à cultura, à educação, ao livro, à formação profissional, para que todo mundo possa viver dignamente e com respeito”.
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Por isso, Lula disse que deseja voltar a governar o país. E pediu aos eleitores que elejam também deputados e senadores apoiados por ele. “Precisamos eleger uma grande bancada para a gente mudar as coisas que estão erradas neste país. Minha causa é o povo brasileiro, são as crianças deste país, são os trabalhadores deste país, são as mulheres deste país.”
Ao fim, Lula deixou uma mensagem de esperança. “Tenho muita fé em Deus de que nós vamos ganhar essas eleições. E, em quatro anos, a gente vai provar que o salário mínimo tem que aumentar todo ano, que ninguém tem que ficar quatro anos na fila do INSS. No meu tempo, o trabalhador recebia uma carta. É esse país que a gente vai voltar a construir. É esse país que a gente vai fazer com que ele aconteça, para vocês serem felizes.”
Da Redação