Enquanto Flávio ainda se recusa a dar qualquer explicação plausível ao povo e o pai se dedica a entregar o Brasil aos EUA, o Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) segue escancarando os problemas que a família Bolsonaro terá de lidar diante da Justiça do país – ainda que tentem a qualquer custo se safar da responsabilidade.
Nesta quarta (20), o órgão divulgou novo relatório em que aponta uma série de indícios de movimentação financeira ilícita praticada pela personal trainer Nathália Melo de Queiroz, ex-assessora de Jair na Câmara e filha do laranja Fabrício Queiroz. De acordo com reportagem publicada pelo O Globo, a suposta funcionária “fantasma” repassou 80% do salário que recebeu entre junho e novembro do ano passado ao pai, ex-assessor de Flávio Bolsonaro na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj).
Em janeiro, o mesmo Coaf já havia apontado envolvimento de Nathália no esquema de transações suspeitas que ocorriam dentro do gabinete do então deputado federal Jair Bolsonaro, já que recebia por um cargo e era vista com frequência em outra atividade. Segundo a Câmara dos Deputados, ela nunca teve qualquer falta registrada no gabinete do atual Presidente da República, ainda que justificada, e também não se licenciou. O problema é que ela criou provas contra si mesma ao usar as redes sociais para publicar seu cotidiano como professora em academias do Rio de Janeiro no mesmo período em que deveria estar em Brasília ou atuando pelo mandato no Rio.
Agora, a nova denúncia do Coaf também confirma que Nathália transferiu para seu pai R$ 29,6 mil dos R$ 36,6 mil que ganhou como assessora do hoje Presidente da República. Queiroz , que é investigado pelo Ministério Público do Rio de Janeiro, admitiu em depoimento por escrito que funcionários do gabinete do filho do presidente devolviam parte do salário. O laranja só não conseguiu explicar de onde veio os R$ 1,2 milhão que recebeu entre 2016 e 2017.
Segundo O Globo, o Coaf considera “aparentemente incompatível com a capacidade financeira da cliente” a movimentação financeira de Nathália e aponta o “uso de dinheiro em espécie” para “inviabilizar a identificação da origem e real destino dos recursos”.
Da Redação da Agência PT de Nótícias