Em assembleia no vão livre do Museu de Arte de São Paulo (MASP), nessa sexta-feira (24), cerca de 50 mil professores da rede estadual de São Paulo decidiram manter a greve, segundo o Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (APEOESP).
A categoria convocou também uma assembleia para quinta-feira (30), no Largo da Batata. Segundo a Polícia Militar, três mil pessoas estiveram reunidas no ato.
Durante a assembleia, a presidente do APEOESP, Maria Izabel Noronha, ressaltou a fibra dos professores diante do impasse causado pela decisão do governo de não negociar a pauta de reivindicações.
“Companheirada, reconheço o esforço de cada um de vocês, porque quarenta e três dias de greve dói na pele de todo e qualquer trabalhador. A ocupação da Assembleia Legislativa, com o apoio dos deputados, mostra a força e a legitimidade da nossa mobilização”, disse a dirigente.
A APOESP também anunciou a agenda de lutas para a próxima semana. Nas segunda e terça-feira (27 e 28) haverá fechamento de grandes escolas, debates e panfletagem nas ruas para, segundo o sindicato, chamar a atenção da mídia. Na quarta-feira (30), haverá carreata simultânea nas principais avenidas de São Paulo.
Histórico – Os professores do Estado de São Paulo estão em greve desde o dia 16 de março. Durante esses 45 dias de paralização, o governo do estado e a APOESP se reuniram apenas duas vezes para negociar.
Entre as mais de 20 reinvindicações da pauta dos professores, as duas principais são a solução para o inchaço das salas de aulas e 75,33% de reajuste a título de equiparação com os demais educadores de nível superior.
De acordo com informações do sindicato, o governador Geraldo Alckmin fechou 3.390 salas de aula, em todo o Estado, e mantém turmas com até 50 estudantes.
Por Guilherme Ferreira, da Agência PT de Notícias