Era pouco mais de 13h da tarde, deste domingo (16), quando a rua Pouso Alegre, no bairro do Ipiranga, em São Paulo (SP), encheu-se de vermelho. Cerca de 5 mil pessoas preencheram o espaço em frente ao Instituto Lula para prestar apoio ao PT, à presidenta Dilma Rousseff e ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
O ato, organizado por centrais sindicais e movimentos sociais populares, foi acompanhado de churrasquinho e teve como agenda pedagógica uma discussão sobre o que é um “coxinha”.
Organizada pelo jornalista Camilo Vanucchi, a Jornada pela Democracia contou ainda com uma discussão sobre o que move o comportamento dos participantes dos protestos contra a presidenta Dilma.
“Somos um pedaço dessa manifestação aqui. Estamos aqui para debater e discutir o futuro do Brasil, ninguém aqui é bobo, sabemos o que está acontecendo. Ninguém acha legal esse ajuste, mas podemos disputar o governo sem ter que trocar o governo”, afirmou Vanucchi.
“Posso dizer que sou uma coxinhóloga”, disse a socióloga da Unifesp, Esther Solano, durante o debate. A professora realizou diversas pesquisas durante as últimas manifestações pró-impeachment.
“Essas pessoas estão incomodadas com a ascensão da classe média. Elas se incomodam de ter que dividir os corredores dos aeroportos e dos shoppings”, avaliou Esther.
Para o presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Vagner Freitas, o País não consegue retomar o crescimento econômico com esse clima de golpe e um terceiro turno sem fim.
De acordo com o sindicalista, o que o Brasil precisa dessa festa democrática, na qual é possível a manifestação contra e a favor.
“Vamos virar essa página, gente. Acabar com esse negócio de golpe. As eleições são em 2018, vamos esperar as eleições e cada um vota em quem quiser”, disse Freitas.
Da Redação da Agência PT de Notícias