Pesquisa realizada entre usuários de transportes públicos da região metropolitana de São Paulo indica aumento da insatisfação com a qualidade dos serviços administrados pelo governo Geraldo Alckmin – e pelo PSDB, desde 1999 –, como trens e metrôs.
Uma linha de ônibus gerenciada pela prefeitura de São Paulo – o corredor São Mateus/Jabaquara – se destacou como “única melhoria sensível” no sistema de transporte sob gestão governamental.
É o que afirma reportagem do jornal “Folha de S. Paulo”, publicada neste sábado (22). Essa avaliação foi apurada em consulta a 3,3 mil usuários por pesquisa da Associação Nacional de Transportes Públicos (ANTP).
O corredor, que conquistou o reconhecimento depois das intervenções promovidas na gestão do prefeito petista Fernando Haddad, teve 75% de aprovação (67% na avaliação anterior).
Com um terço da frota que opera 13 linhas formado por silenciosos veículos elétricos, tem 33 km de extensão entre as zonas Leste e Sul da capital e corta Mauá, Santo André, São Bernardo do Campo e Diadema. A operação é da concessionária privada Metra.
Para o público, o metrô peca pela crescente superlotação e atrasos nas obras de expansão. Não seria problema se não houvesse um amplo descasamento entre o crescimento da demanda por metrô e da expansão da rede de linhas para atendimento à população.
“Em dez anos, a rede do metrô cresceu 36% e os usuários, 92%. Quase todas as obras do governo Alckmin estão atrasadas”, constata a reportagem.
O governo Alckmin acaba de adiar por pelo menos dois anos o prazo para conclusão de obras de ampliação da linha 4 (amarela), devido a rompimento com consórcio contratado um ano atrás, enquanto a linha 5 (lilás) tem previsão de ficar pronta só em 2.018.
O setor de transportes de São Paulo também vem sendo alvo de intensas investigações policiais devido ao escândalo de pagamento de propinas do Trensalão, envolvendo membros de diferentes administrações tucanas.
Com apenas dois anos completos de governo, correspondentes a menos de 10% do tempo do tucanato no poder, a pesquisa indica que as políticas públicas de Haddad para a mobilidade urbana começam a colher reconhecimento do público.
E não apenas pela avaliação positiva do corredor. Nessa semana, um balanço da Companhia de Engenharia de Trânsito (CET) indicou que houve uma redução de 30% nos acidentes no primeiro mês da redução da velocidade (para 50% nas faixas locais) nas marginais (Tietê e Pinheiros) – exatamente como planejado pelo prefeito.
A proposta de redução da velocidade está sendo ampliada para toda a cidade pela Secretaria Municipal da Transportes.
Por Márcio de Morais, da Agência PT de Notícias