Uma pesquisa feita com comerciantes da Avenida Paulista, no último domingo (30), revelou que 50% deles são a favor do fechamento da via para veículos e abertura para pedestres aos domingos. Foram consultados 107 estabelecimentos, do total de abordados, 15% se recusaram a responder e 25% se mostraram indiferentes. A pesquisa foi feita pela Rede Minha São Paulo e a SampaPé.
O fechamento da Paulista para veículos foi testado em dois momentos: no dia 28 de junho, na inauguração da ciclovia da avenida, e em 23 de agosto. O prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT), anunciou que o fechamento de ruas para veículos será uma política permanente em São Paulo.
Uma das principais críticas das associações de moradores da região é que a prefeitura não avaliou os impactos econômicos que a medida poderá causar aos estabelecimentos. Questionados sobre o impacto das vendas, muitos empresários disseram não ter havido ainda oportunidade de analisar este fato pelo número de dias em que a Paulista ficou aberta, apenas duas vezes.
Segundo a pesquisa, as farmácias alegaram que as vendas não sofreram influência porque domingo é um dia ruim para este tipo de comércio. Embora não tenham conseguido relatar os impactos no faturamento, bancas de jornais, bares, restaurantes e lanchonetes informaram ter maior movimento com a via sem veículos.
Segundo o relatório, alguns gerentes dos estabelecimentos tiveram dificuldades em assumir algum impacto positivo nas vendas, porque pessoalmente se posicionavam contra a medida. De acordo com as entidades que realizaram a pesquisa, os resultados revelaram que os comerciantes da via não estão totalmente representados pelas organizações contrárias à Paulista Aberta e que eles perceberam impactos positivos.
“Os que ainda não o sentiram acreditam que essa é uma questão de tempo e adaptação”, concluiu a pesquisa.
Nesta semana, a Prefeitura de São Paulo vai se reunir com promotores do Ministério Público Estadual (MPE) e a expectativa é de que haja bom senso da instituição e talvez a Paulista passe a ser aberta para os pedestres uma vez ao mês.
Da Redação da Agência PT de Notícias