Ao longo deste dia 31 de março, a tag “Ditadura Não Se Comemora” foi o assunto mais falado nas redes sociais. Uma resposta dos brasileiros a Jair Bolsonaro (PSL), que determinou às Forças Armadas comemorações para o Golpe Militar de 1964. A resposta do povo brasileiro ocupou não só o espaço virtual, como esteve nas ruas de todo país em um grito uníssono: Ditadura nunca mais!
As manifestações começaram ainda pela manhã, o PT de Curitiba organizou um ato na Feira do Largo da Ordem. Para, André Machado, presidente do Partido dos Trabalhadores da capital paranaense, as alegações de Jair sobre a ditadura são inaceitáveis. “Não podemos aceitar que esse governo exalte um momento sombrio da nossa história, marcado por torturas, perseguições políticas, ausência de democracia e corte de direitos da classe trabalhadora. Para que não se repita, temos que rechaçar a ditadura e denunciar os absurdos autoritários desse governo”, afirma André Machado, presidente do PT Curitiba.
Já em Brasília, com um ato de repúdio as declarações de Bolsonaro. Presente na manifestação, a deputada federal Erika Kokay (PT-DF) criticou a falta de respeito do governo contra as vítimas de um regime que deixou mais de 400 desaparecidos e mortos no país.
Na capital do país, intervenções artísticas também lembraram o horror das torturas que marcaram o período ditatorial no país.
Em Belo Horizonte, ato teve início na Praça da Liberdade e, em seguida, milhares de pessoas ocuparam as ruas da cidade para dizer não a tortura, não a retirada de direitos, não a Ditadura Militar.
São Paulo: A concentração da Caminhada do Silêncio reuniu milhares de pessoas na Praça da Paz, no Parque Ibirapuera. Familiares de vítimas que moveram uma ação no Supremo Tribunal Federal para impedir as comemorações determinadas por Jair Bolsonaro estiveram presentes e cobraram punições para os crimes da ditadura. “Queremos que o Estado nos dê uma resposta. Onde estão os nossos filhos, o que aconteceu com eles? Se estão vivos, onde estão? Se estão mortos, onde estão os corpos?”, questionou a mãe de uma das centenas de pessoas que continuam desaparecidas.
No Rio de Janeiro, pelo menos quatro mil pessoas participaram de uma manifestação na Ceilândia.
Da Redação da Agência PT de Notícias