Criada em 26 de abril de 1973, a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) acumula conhecimento científico inestimável acerca da agricultura e da pecuária do Brasil. Nesse meio século de existência, ajudou a elevar o país ao clube dos maiores produtores de alimentos do mundo. “Cada centavo que a gente coloca na Embrapa retorna para esse país em milhares de reais, que se transformam em dólares, e que faz a gente ser o maior exportador de carne, de soja, do que quiser”, elogiou o presidente Lula, nesta quinta-feira (25), durante visita à sede da empresa.
Por ocasião dos 51 anos da Embrapa, Lula participou de solenidade que contou com a presença de ministros do governo e de representantes do setor privado. Em discurso, o presidente defendeu mais investimentos em pesquisa agropecuária. Falando à presidenta da empresa, Silvia Massruhá, ele enfatizou a disponibilidade do governo federal para deliberar sobre os objetivos e as metas da Embrapa nos próximos anos.
“Eu vou assumir um compromisso com você (…) uma reunião para a gente discutir quais são as necessidades da Embrapa, nesse próximo período, para que a gente possa atender e a Embrapa fazer jus à fama que ela tem”, prometeu. “A Embrapa é motivo de orgulho”, acrescentou.
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Massruhá, a primeira mulher à frente da empresa, demonstrou satisfação com a presença de Lula. “Há quase 14 anos, não recebíamos um presidente da República na Embrapa. O nosso muito obrigado”, comemorou. Pensando nas transições a serem feitas em pesquisa agropecuária, especialmente no contexto das mudanças climáticas, ela revelou o novo programa Embrapa 50+.
Embrapa 50+
“Derrotar a fome, garantir a segurança alimentar no nosso país e no mundo, o acesso a alimentos saudáveis e de qualidade a todos os cidadãos, a promoção da melhoria, do bem-estar e da qualidade de vida, o desenvolvimento sustentável, o enfrentamento dos efeitos das mudanças do clima, a redução das desigualdades no campo, fazendo com que o conhecimento e a inovação tecnológica atinjam o pequeno, o médio e o grande produtor rural”, detalhou Massruhá.
A Embrapa aproveitou a solenidade para firmar sete acordos, com entes públicos e privados. A ministra da Ciência, Tecnologia e Inovação, Luciana Santos (PCdoB-PE), anunciou que a pasta aprovou novas contratações, junto à empresa, na ordem de R$ 21 milhões, para 2024 e 2025.
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“É do programa de segurança alimentar (…) para erradicação da fome (…) dentro dessas ações voltadas para o desenvolvimento de pesquisa e solução tecnológica para a água do nosso semiárido, do nosso semiárido tão sofrido pela seca”, revelou, antes de destrinchar em cinco pontos as ações a serem levadas a cabo.
Patrimônio nacional
Em seu discurso, Lula teceu elogios e chegou a se referir à Embrapa como “a mãe máxima da tecnologia brasileira” e “modelo para muitos países do mundo”. O presidente rememorou também a história da fundação da empresa pública e as incontáveis contribuições para a agropecuária do Brasil.
“O ministro era o Cirne Lima. O presidente era o Médici. De vez em quando, a gente tem vergonha de contar a história da Embrapa, porque ela foi criada por um militar, que foi presidente no momento mais duro da política brasileira, mas que teve, no seu ministério, uma pessoa da qualidade do Cirne Lima e de outros pesquisadores”, ponderou.
“Há 50 anos, ninguém dava um tostão furado por uma terra no cerrado (…) até que veio a Embrapa, com pesquisa, e transformou o cerrado brasileiro numa coisa extraordinária de produção agrícola, fazendo com que o Brasil chegasse ao topo.”
Com sede em Brasília, a Embrapa conta hoje com cerca de 7,7 mil funcionários. Entre as contribuições de pesquisadoras e pesquisadores, durante as últimas décadas, estão grifados o desenvolvimento de pastagens adaptadas aos solos e climas do Brasil, o zoneamento de riscos climáticos, o melhoramento genético dos rebanhos, a fixação biológica de nitrogênio, além de outros inúmeros feitos em termos de pesquisa agropecuária.
Da Redação, com Site do Planalto, Embrapa, Secom