As empresas brasileiras do setor elétrico são 12 das 24 que integram o grupo da 20% que tiveram o retorno sobre investimentos e crescimento de receita duas vezes maior que a média global entre 2011 e 2014. Os dados são de um estudo da consultoria Roland Berger e foi divulgado com exclusividade pelo jornal “Valor Econômico”, nesta terça-feira (8).
As 12 elétricas são Equatorial, Energisa, Neoenergia, Celesc, CPFL, EDP Brasil, Light, Duke Paranapanema, Cemig, Endesa Brasil, Elektro e Tractebel.
Em entrevista ao “Valor”, o sócio da Roland Berger Brasil, Jorge da Costa, atribuiu o alto rendimento do setor no Brasil à regulação brasileira, que é inclusiva, por abrir espaço para que as empresas se posicionem.
O presidente da consultoria, Antônio Bernardo, relacionou o resultado às taxas de juros e à qualidade das empresas, que são “muito bem gerenciadas e com boas estratégias”, gerando resultados superiores à média mundial.
Em todas as brasileiras bem colocadas, a criação de valor e a criação de metas em todos os níveis hierárquicos fazem parte da rotina. As empresas também assumem uma postura dinâmica e proativa frente ao mercado.
Dificuldades – O estudo apontou, no entanto, que as empresas nacionais enfrentam dificuldades com a gestão de grandes projetos. Os atrasos são, em média, de um ano e meio e os desvios de orçamento chegam a 40%.
Fontes renováveis – O Brasil também se destaca pelo uso de energia renovável. Estudo publicado em agosto mostrou que, entre os países do Brics (que inclui Rússia, Índia, China e África do Sul) o Brasil tem a maior geração de eletricidade desse tipo, com 73% de todo o abastecimento por fontes renováveis em 2014.
Na China, segundo colocado, o índice é de 22%. A África do Sul apresenta o pior percentual, de 2%. A média mundial de fontes renováveis na oferta interna de energia é de 13,6%. No Brasil, a média é três vezes maior, de 39%.
Da Redação da Agência PT de Notícias, com informações do “Valor Econômico” e do “Portal Brasil”