As empresas brasileiras planejam fazer investimentos em 2015, independentemente do resultado das eleições presidenciais deste ano. O discurso foi praticamente unânime entre alguns dos principais empresários do país, que compareceram na segunda-feira (25) ao Hotel Unique, em São Paulo, para a cerimônia de premiação do “Valor 1000”, que aponta as empresas de melhor desempenho em 26 setores da economia.
O presidente do Bradesco, Luiz Carlos Trabuco é um dos que afirmaram acreditar em retomada dos investimentos. “[A retomada] vem de qualquer maneira no ano que vem. O ano de 2015 será de maturação das concessões e terá um fluxo de investimentos maior do que o dos últimos dois anos”, disse o executivo. “O agronegócio vai seguir uma locomotiva do país.”
A decisão de investimentos da Suzano Papel e Celulose é de longo prazo, disse o presidente da companhia, Walter Schalka. “A empresa acredita no Brasil, que é competitivo no setor de papel e celulose”, afirmou.
Para João Carlos Brega, vice-presidente para América Latina da fabricante de eletrodomésticos Whirlpool, dona das marcas Brastemp e Consul, as perspectivas para 2015 não são de nenhuma catástrofe na economia. “Não mexemos nem um centavo nos nossos planos para 2015 nem para 2016”.
O presidente da Telefônica no Brasil, Antônio Carlos Valente, afirmou que empresa ainda deve definir o valor a ser investido em 2015, mas avalia que não deverá ser muito diferente do registrado neste ano, em torno de R$ 6 bilhões.
O presidente do Grupo Andrade Gutierrez, Otavio Marques de Azevedo, disse que em 2015 o valor a ser investido pelo grupo deverá superar R$ 12 bilhões. Mas também trabalha com o cenário de ajustes na economia.
O Pão de Açúcar, maior varejista do país, não fechou o valor que irá investir em 2015, mas Ronaldo Iabrudi, presidente do grupo, já sabe que será um montante superior ao deste ano. O número de lojas a serem abertas também será maior.
O presidente da Cielo, Rômulo de Mello Dias, afirmou que a companhia está “otimista, mas com o pé no chão” em relação a 2015. Segundo ele, o cenário para a empresa não deve ser muito diferente do visto neste ano. O vice-presidente do grupo Grazziotin, Marcus Grazziotin, disse que a empresa deve manter os investimentos em 2015 no mesmo volume estimado para 2014. “Não muda nada com o cenário eleitoral, o efeito nos investimentos previstos é zero.”
Da Redação da Agência PT de Notícias, com informações do jornal Valor Econômico