Neste final de semana, cerca de mil militantes ligados a vários movimentos sociais realizaram o “Curso das Mil Pessoas pela Constituinte” em Caruaru (PE).
O sistema político atual foi o tema central do encontro, que também debateu a organização do plebiscito popular que será realizado entre os dias 1 e 7 de setembro em todo país, no qual uma única pergunta será feita a população: “Você é a favor de uma constituinte exclusiva e soberana sobre o sistema político?”
Pela manhã, os representantes do Movimento Sem Terra (MST), Consulta Popular, Articulação de Mulheres Brasileiras (AMB) e Central Única dos Trabalhadores (CUT) debateram sobre as razões para se lutar por uma Reforma Política.
Ricardo Gebrim, da Organização nacional do Plebiscito Popular, explicou que nenhum candidato poderá propor mudanças verdadeiras que enfrentem os poderes econômicos sem mudar o sistema político. “Seja qual for o candidato, se ele de verdade quer mexer nos problemas da educação, da saúde, da habitação, da reforma agrária, entre outros, ele vai ter que mexer neste sistema político. Porque esse sistema político é controlado hoje por sistemas econômicos que não querem mudar nada no Brasil”, disse o dirigente
Para Carlos Veras, presidente da CUT Pernambuco, a Reforma Política é importante para que o Congresso Nacional tenha uma maior representação dos trabalhadores. Segundo Veras, o parlamento atual é extremamente conservador e os trabalhadores tem uma influencia ainda tímida. “Isso só vai mudar, com uma constituinte exclusiva pela Reforma Política”, prevê.
Além dos debates, o evento contou com uma batucada da Marcha Mundial das Mulheres e do Levante Popular da Juventude. Ao final do encontro, os militantes realizaram um grande ato político em defesa da Constituinte.
Por Marcos Paulo Lima, da Agência PT de Notícias