A edição deste sábado (9) da revista “Época” deve retomar os ataques ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Em nova investida, uma reportagem trará o tema já explorado e divulgado com inúmeros equívocos em edição anterior: o financiamento concedido pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) ao governo da Venezuela para construção de linhas de metrô.
Procurado mais uma vez pela revista, o Instituto Lula resolveu tornar claro o processo de apuração da publicação e divulgou e-mails trocados entre sua assessoria e o repórter Thiago Bronzatto, que apura o tema. “Esperamos que a revista ao repetir a matéria ao menos não repita os erros do mês passado”, aconselha a assessoria.
Dessa vez, o repórter questionou se o ex-presidente Lula discutiu com Chávez em Salvador, em 2009, a liberação de uma linha de crédito do BNDES para a construção do metrô venezuelano.
Resta saber, no entanto, se a revista vai publicar a resposta encaminhada pelo Instituto Lula. “Os financiamentos do BNDES para a construção do metrô de Caracas, na Venezuela, tiveram início em contratação datada de 13 de dezembro de 2001, antes, portanto, do governo do ex-presidente Lula”, diz o email enviado ao repórter.
A revista questionou também se Lula tem conhecimento de que o financiamento concedido pelo BNDES para a construção do metrô venezuelano está sendo investigado pelo Tribunal de Contas da União (TCU) e pelo Ministério Público Federal (MPF). Conforme informou a assessoria do Instituto Lula, o ” ex-presidente Lula não é parte citada em qualquer procedimento investigatório de que tenha conhecimento, por parte do Ministério Público ou do Tribunal de Contas da União”.
Em outra matéria, desmentida essa semana, a “Época” afirmou que o Ministério Público abriu uma investigação na qual o Lula seria “formalmente suspeito” por dois crimes. A acusação foi desmentida pela procuradora Mirella Aguiar, integrante do Núcleo de Combate à Corrupção do Ministério Público Federal, que afirmou, em entrevista ao jornal “Estado de S. Paulo” (4), que não há possibilidade de pedir a quebra de sigilo do ex-presidente.
Por Michelle Chiappa, da Agência PT de Notícias