O Equador terá eleições gerais no dia 7 de fevereiro, quando mais de 13 milhões de eleitores no país e no exterior poderão votar para eleger o próximo presidente, vice-presidente e um total de 137 legisladores, além de escolherem cinco membros do Parlamento Andino para o mandato de 2021-2025.
A campanha eleitoral no Equador teve início oficialmente em 31 de janeiro e vai até o dia 4 de fevereiro. Para vencer a eleição presidencial no primeiro turno, o candidato deve receber 50% dos votos ou mais de 40% com vantagem de 10% sobre o segundo colocado. No caso de nenhum candidato consiga a vitória, haverá segundo turno entre os dois mais votados no dia 11 de abril.
Segundo as pesquisas de opinião divulgadas no país, Andrés Arauz, que tem o apoio do ex-presidente Rafael Correa, da aliança progressista União pela Esperança, é um dos favoritos na corrida presidencial. A aliança que o apoia é formada pelos partidos Centro Democrático e Força de Compromisso Social.
Ele tem como principais adversários o empresário Álvaro Noboa, do partido de direita Movimento pela Justiça Social (MJS); Yaku Pérez, do movimento Indígena Pachakutik Unidade Plurinacional e Guillermo Lasso, do partido de direita Criando Oportunidades (Creo) e do Partido Social Cristão (PSC).
Arauz tem 35 anos, é economista e atuou em vários cargos durante o governo de Correa. (2007-2017). Foi ministro da Cultura no final do segundo mandato e ministro do Conhecimento e Talento Humano entre março de 2015 e 2017. Além disso, Arauz também foi diretor do Banco Central do Equador entre 2011 e 2013.
O ex-presidente Rafael Correa ainda conta com um forte apoio entre a população equatoriana. Seu governo se destacou pela implementação de programas de assistência social em grande escala e projetos de infraestrutura pública. Durante sua gestão que teve a duração de dez anos, a economia do Equador registrou um crescimento médio anual de cerca de 3%.
Recessão econômica e crise sanitária são desafios
O Equador vive atualmente um cenário recessão econômica grave, provocada pela má gestão por parte do governo do presidente Lenin Moreno e agravada ainda mais pela pandemia de Covid-19.
As políticas neoliberais, pró-corporativas e antipovo de Moreno forçaram uma grande parte da população a recorrer a empréstimos para poder pagar suas despesas diárias.
As crises levaram a popularidade de Moreno a desabar e chegaram a um dígito. Tanto que ele não se candidatou à reeleição e a candidata que tem o seu apoio, Ximena Peña, segundo pesquisas, tem apenas o apoio de 1,2% dos eleitores.
Além da situação econômica e da grave crise no sistema de saúde provocada pelo novo coronavírus que se espalhou pelas 24 províncias do país, o presidente Moreno e vários de seus ministros e funcionários estão sendo investigados por casos de corrupção.
O novo presidente que for empossado enfrentará o desafio de aliviar a crise econômica, gerar oportunidades de emprego, melhorar a saúde e controlar a corrupção, entre outras questões urgentes.
Andrés Arauz já deixou claro o seu compromisso de, caso eleito, reverter as políticas neoliberais de Moreno. Ele prometeu criar oportunidades de emprego decentes e fornecer segurança social para populações vulneráveis e de baixa renda. Ele ressaltou ainda que continuará investindo em obras de infraestrutura pública como a construção de pontes, estradas, hospitais e escolas e se comprometeu a garantir um ensino superior gratuito, de qualidade e universal.
Da Redação, com Brasil de Fato