Nesta sexta-feira (18), a CUT, centrais e sindicatos de várias categorias realizam o Dia Nacional de Mobilização nas portas de fábricas, locais de trabalho e locais de grande circulação com o objetivo de levar um retrato da situação atual do país aos trabalhadores.
Serão realizadas assembleias, paralisações e panfletagens ao longo do dia. O objetivo é dialogar com trabalhadores para conscientizá-los de que não é mais possível o Brasil permanecer no caminho em que se encontra, de descaso total pelo governo de Jair Bolsonaro (ex-PSL).
O Brasil já beira a marca de 500 mil mortos pela Covid-19, resultado da política desastrosa de enfrentamento à pandemia do governo federal. O atraso do Brasil para dar início à vacinação foi determinante para que a segunda onda da doença, mais agressiva e mais letal, vitimasse ainda mais brasileiros e brasileiras e a terceira onda já está batendo na porta.
Além do desprezo pela vida de quase meio milhão de pessoas e suas famílias, o governo de Bolsonaro ainda impõe um constante processo de retirada de direitos, de entrega do patrimônio público por meio de privatizações e deixa milhões de brasileiros desamparados, sem emprego, sem auxílio emergencial e sem perspectiva de dias melhores, sofrendo com os impactos da crescente inflação e enfrentando reajustes sucessivos de preços tanto de alimentos como das tarifas de energia elétrica, gás de cozinha e dos combustíveis.
Hoje, cerca de 20 milhões de pessoas passam fome hoje no Brasil e este cenário só é possível com o #ForaBolsonaro. Para a CUT, centrais e entidades filiadas, o fim deste governo é uma questão de sobrevivência.
O dia 18 de junho antecede a data em que manifestações de rua serão realizadas em todo o Brasil, pedindo o impeachment de Bolsonaro, além de outras pautas como “Vacina Já para todos”, “em defesa do SUS”, “auxílio emergencial de R$ 600 até o fim da pandemia” e “contra as privatizações”.
Veja onde serão realizadas manifestações no sábado, 19 de junho.
Mobilizações
Presidentes das Centrais Sindicais realizaram um ato em frente à fábrica MWM (Av das Nações Unidas, 22002, na Zona Sul de SP), a partir das 7h.
No ABC paulista, representantes de Comissões Sindicais de Empresa (CSE), ligadas ao Sindicato dos Metalúrgicos do ABC (SMABC) farão panfletagem durante todo o dia nas fábricas da região, durante as trocas de turnos de trabalhadores. A Tribuna Sindical, publicação que circula entre os trabalhadores será especial para esta data.
No Rio de Janeiro, a CUT e outras entidades também farão panfletagens pela manhã em portas de bancos e na sede da Eletrobras, cuja ameaça de privatização está em curso no Senado.
“O governo entreguista de Bolsonaro quer privatizar a Eletrobras. Privatizar a estatal significa aumentar a conta de energia elétrica para a população mais pobre e significa encarecer o custo da energia para as empresas que produzem e geram emprego no país”, diz o presidente da CUT Sérgio Nobre, para reforçar a defesa da estatal.
Também no Rio de Janeiro, um ato será realizado na Central do Brasil.