Matéria publicada pelo jornal “Estado de S.Paulo” no último dia 22 tenta induzir o leitor a acreditar que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva teria facilitado acordos comercias da empreiteira Odebrecht no exterior. A versão apresentada, no entanto, não se sustenta e foi desmentida pelo petista nesta quinta-feira (23).
A reportagem baseia-se em telegramas do serviço diplomático americano reproduzidos por relatórios do site WikiLeaks. A tentativa era associar o ex-presidente a algum tipo de atitude ilícita.
“Os próprios documentos usados na reportagem desmentem o Estado e confirmam que o ex-presidente atuou de maneira legítima e legal”, ressaltou a assessoria de Lula, em sua página no Facebook.
A publicação acusou ainda a reportagem de tentar “transformar as boas relações estabelecidas entre o Brasil e diversos países, principalmente durante o governo Lula, em um suposto escândalo de corrupção”.
“Uma das missões de todos os presidentes brasileiros é defender os interesses das nossas empresas no exterior, ajudando-as a conquistar novos mercados”, reforçou.
A nota no Facebook do ex-presidente cita também reportagem do jornal “GGN”, no qual esclarece os fatos levantados pelo “Estado de S.Paulo” e explica que “de quatro casos usados de relatórios do WiliLeaks como exemplos, em apenas um aparece que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi importante para fechar acordo entre uma empresa angolana e a Odebrecht”.
Após explicar a adulteração dos fatos, o jornalista Luís Nassif comentou o fato e disse que a grande mídia trabalha a favor de seus interesses. “Um dos fenômenos menos estudados no século 20 foi o do enorme poder conferido aos grupos de mídia e como dele se prevaleceram negociantes pouco escrupulosos, usando os conceitos de liberdade de imprensa como biombo para suas jogadas”, argumentou.
O jornalista aproveitou para citar o livro “Número Zero” de Umberto Eco. A leitura proporciona conhecer técnicas para manipular informações e destaca que o “método empresarial na mídia apareceu no Estadão”.
Lições do livro são ressaltadas pelo jornalista, entre elas “como produzir acusações vagas, e sem provas, de modo que certas pessoas se sintam intimidadas, mas não consigam processar o jornal por difamação. (Ou, como) distorcer a realidade apenas relatando verdades”.
Internautas do Facebook que acessaram a página do Lula publicaram mensagens de apoio e solidariedade ao ex-presidente. O seguidor Francisco Queiroga Chega postou: “Chega de mentiras e desinformação.Essa mídia já passou dos limites ha tempos”.
Por Michelle Chiappa, da Agência PT de Notícias