Todos os Estados brasileiros tiveram paralisações e atos de protestos nesta sexta-feira (14), dia de Greve Geral contra o desmonte da Previdência Pública e os ataques aos direitos dos trabalhadores promovidos pelo governo Jair Bolsonaro. Confira abaixo um balanço Estado por Estado divulgado pela Central Única dos Trabalhadores (CUT):
No Acre, trabalhadores, estudantes e sindicalistas protestaram fazendo bloqueios em frente a pelo menos uma garagem de ônibus da capital, Rio Branco.
No Amazonas, alunos e professores fecharam parcialmente a entrada da Universidade Federal do Amazonas (UFAM). No Centro Histórico da capital, Manaus, bancários se reuniram às 7h na Praça da Polícia em um ato que contou também com os trabalhadores de refinarias da Petrobras.
No Amapá, professores, técnicos administrativos e estudantes da universidade federal (Unifap) fizeram ato a partir das 9h, em Macapá, e as aulas foram suspensas.
Em Alagoas, rodoviários atrasaram o início da jornada em dua horas na capital, Maceió. Teve também paralisação na porta do CEPA, maior complexo educacional de Alagoas, em Maceió, contra os cortes na educação e contra a reforma da Previdência. Em Arapiraca, no interior de Alagoas, o comércio parou.
Na Bahia, motoristas e cobradores pararam os ônibus e trens de Salvador, mas o metrô funcionou porque a Força Nacional foi para dentro dos trens fazer pressão. Na capital, teve manifestação na Rótula do Abacaxi nesta manhã, no sentido shopping da Bahia.
Em Ilhéus, Itabuna e Lauro de Freitas foram registrados atos de trabalhadores e trabalhadoras nesta manhã. A BR-101 foi bloqueada em Eunápolis, Itamaraju, Teixeira de Freitas e no Extremo sul da Bahia, no município de Mucuri.
Os trabalhadores também paralisaram as atividades no Polo Petroquímico de Camaçari. Na Refinaria Landulfo Alves Mataripe, em São Francisco do Conde, na troca de turno dos petroleiros, os 12 micro-ônibus chegaram praticamente vazios.
No Ceará, teve paralisação dos transportes coletivos. No início da manhã, o presidente da CUT Ceará, Wil Pereira, participou de ato organizado pelos trabalhadores do Porto do Pecém, em São Gonçalo do Amarante. Em Juazeiro do Norte também teve protesto.
No Distrito Federal, motoristas, cobradores de ônibus, BRT e trabalhadores do Metrô pararam o transporte público de Brasília. Educação, serviço público, iniciativa privada, terceirizados, autarquias e empresas públicas também cruzaram os braços.
Em Goiás, motoristas e cobradores atrasaram o início da jornada.
No Maranhão, rodoviários do transporte coletivo paralisaram as atividades desde as 4h na capital, São Luís.
No Mato Grosso do Sul, motoristas e cobradores da capital, Campo Grande, atrasaram o início da jornada de trabalho.
Em Minas Gerais, várias estações do Metrô amanheceram fechadas e foram realizados protestos em vias da capital, Belo Horizonte. Na Praça Afonso Arinos, teve manifestação dos trabalhadores e trabalhadoras.
Em Mato Grosso, paralisação parcial dos transportes em Cuiabá e Várzea Grande.
No Pará, trabalhadores impediram a saída dos ônibus das garagens, contra decisão judicial que determinou que 90% dos veículos circulassem. Os bancários também pararam. Em São Felix do Xingu houve protestos.
No Paraná, garagens de empresas de transporte coletivo amanheceram fechadas em Curitiba. Em Londrina e em Maringá, onde teve repressão da polícia militar contra os trabalhadores, motoristas e cobradores aderiram em peso à greve geral. Em Cascavel, mais de 5 mil trabalhadores realizaram uma marcha pelo centro da cidade com gritos de ordem “a nossa luta é todo dia, educação não é mercadoria”.
Na Paraíba, trabalhadores foram às portas das garagens de ônibus no início da manhã fazer protestos e debates. Na Universidade Federal de Campina Grande, um policial agrediu uma estudante que participava da greve e dos protestos na universidade.
Em Pernambuco, motoristas e cobradores de ônibus e do VLT de Recife pararam e os trens funcionaram parcialmente. Escolas públicas e agências do INSS também fecharam. Em cidades do interior, como Garanhuns, foram registrados atos logo pela manhã. Em Jaboatão dos Guararapes, os trabalhadores da Limpeza Urbana, de três garagens de ônibus e da Prefeitura Municipal decidiram cruzar os braços.
No Piauí, motoristas e cobradores de ônibus pararam na capital, Teresina, onde manifestação levaram dois mil trabalhadores às ruas.
No Rio Grande do Norte, motoristas e cobradores de Natal pararam no início da manhã. O setor industrial também amanheceu parado. A CUT e movimentos sociais fecharam a rotatória de Extremoz, região metropolitana de Natal, desde as primeiras horas da greve geral. Policiais militares não identificados agrediram trabalhadores e trabalhadoras, entre eles a presidenta da CUT-RN, Eliane Bandeira e Silva, crianças e idosos que participavam dos protestos.
No Rio Grande do Sul, a greve geral começou com milhares de trabalhadores, trabalhadoras e estudantes protestando em frente às garagens de ônibus e nas rodovias. Motoristas e maquinistas da Região Metropolitana de Porto Alegre aderiram à greve e foram reprimidos pela tropa de choque da Brigada Militar, que jogou centenas de bombas de gás lacrimogêneo. Soldados a cavalo fizeram perseguições e, pela primeira vez no estado, um caminhão da Brigada atirou jatos de água em manifestantes, que caminhavam pacificamente na avenida Bento Gonçalves, em Porto Alegre.
Na capital, trabalhadores de várias empresas também pararam no início da manhã. Pelo estado, diversas categorias, como petroquímicos, petroleiros, professores, sapateiros, bancários, agricultores familiares, trabalhadores rurais, servidores públicos e trabalhadores da saúde e da alimentação pararam as atividades nesta manhã.
No Rio de Janeiro, os trabalhadores foram atacados pela Polícia Militar em várias vias da capital. Em Jacarepaguá, na Zona Oeste do Rio e no Leblon aulas públicas foram organizadas pelo SEPE e Sinpro-RJ. Eletricitários e portuários também pararam as atividades.
Várias agências ficaram fechadas em vários municípios, além da capital, como Sedan, Campos dos Goytacazes, Teresópolis, Nova Iguaçu e Angra dos Reis, onde houve também manifestação na Praça do Papão. Os petroleiros do Terminal da Baía de Guanabara aderiram à paralisação e a refinaria de Duque de Caxias também ficou fechada. Os trabalhadores do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj) e os petroleiros em Macaé aderiram. Os do saneamento cruzaram os braços e fizeram um ato pela manhã. Em Barra do Piraí, houve caminhada pelas ruas da cidade.
Em Rondônia, na capital Porto Velho, as trabalhadoras e trabalhadores ocuparam as principais ruas da cidade.
Em Santa Catarina, motoristas pararam na capital Florianópolis e em Blumenau. Trabalhadores dos Correios e os servidores públicos também aderiram à greve. Em Joinvile, a concentração foi na Praça da Bandeira. Em Itaberaba, trabalhadores também se reuniram na praça principal. Teve paralisação ainda em Caxambu do Sul e Chapecó.
Em São Paulo, trabalhadores fizeram bloqueios na Avenida do Estado, que liga a capital a cidades da Região do ABC e em outras avenidas e rodovias. No terminal João Dias, os trabalhadores fecharam as vias em protesto.
Em Santos, no litoral paulista, também houve bloqueios na entrada da cidade e os trabalhadores fizeram uma caminhada pelo centro. Em Sorocaba, no interior do Estado, motoristas e cobradores de ônibus não saíram de nenhuma garagem das empresas de transporte público, assim como em São José dos Campos, Taubaté e Jacareí.
Em Sergipe, trabalhadores de várias categorias se concentraram em algumas garagens do transporte coletivo de Aracaju.
No Tocantins, os portões da Universidade Federal de Tocantins (UFT) amanheceram fechados em Palmas e trabalhadores fizeram um protestos.
Por Brasil de Fato