O presidente nacional do PT, Rui Falcão, afirmou neste domingo (5) que o partido vai conversar com todos os setores que ficaram sem candidatos, caso a disputa eleitoral tenha seu resultado adiado para um segundo turno.
“Nós vamos dialogar com todos os setores que possam nos apoiar no segundo turno”, disse Falcão, que também é coordenador geral da campanha da presidenta Dilma Rousseff à reeleição, durante entrevista a jornalistas em São Paulo.
Ele afirmou que toda a campanha está confiante na vitória e que numa eventual prorrogação da disputa, a estratégtia será comparar programas afirmar as propostas do PT e mostrar os resultados desses primeiros quatro anos de gestão Dilma.
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“Vamos continuar polarizando e criticando propostas e programas dos quais a gente discorda”, afirmou.
O presidente lembrou das novas propostas da presidenta Dilma para o próximo mandato, que incluem um novo programa de segurança pública, extensão de banda larga para todos, uma nova proposta do programa Mais Médicos, com atendimento de especialistas, e propostas inovadoras para o enfrentamento da corrupção e impunidade.
“São propostas que evoluíram a partir do programa de governo que apresentamos em julho”, disse.
Congresso – Falcão afirmou aos jornalistas que o PT pode sofrer uma pequena diminuição de bancada no parlamento. Ele atribui esse movimento à necessidade de uma reforma política.
“O problema é o sistema eleitoral que nós queremos reformar. É preciso mudança profunda no sistema, que se faz por meio de um plebiscito”, explicou.
O coordenador também teceu comentários sobre a campanha do ex-ministro da Saúde Alexandre Padilha, ao governo de São Paulo.
Para ele, Padilha é uma nova liderança que está fazendo uma campanha que está mobilizando toda a militância do partido. “Não acabou ainda, prefiro esperar o resultado”, respondeu sobre a possibilidade do candidato não alcançar o patamar histórico de votação do PT.
São Paulo – Segundo afirmou, um dos motivos para que Padilha eventualmente não alcance uma grande performance é a proteção que o governador Geraldo Alckmin e o PSDB recebem da mídia no estado.
“Falta água no estado e eles não o responsabilizam. A segurança pública é um desastre, cresce a taxa de homicídios e não é responsabilidade dele. o Metrô anda a passos de tartaruga, tem o cartel, tem corrupção e não é culpa dele”, explicou.
Sobre a disputa em Minas Gerais onde o candidato do PT ao governo, Fernando Pimentel, ocupa uma posição confortável, Falcão afirmou que o resultado será importante para subsidiar a disputa, caso haja segundo turno.
“A vitória de Pimentel é importante porque um de nossos adversários governou o estado por oito anos e fez sucessor”, disse.
Por isso, as estratégias estão em desenvolvimento. Caso a presidenta enfrente Aécio Neves (PSDB), serão comparados os avanços conquistados nos 12 anos de governos de Lula e Dilma aos problemas sociais e econômicos que foram acirrados nos governos do PSDB.
Caso Marina Silva, candidata do PSB, seja a concorrente, o foco serão as contradições contidas em seu programa de governo e nas idas e vindas da campanha eleitoral.
“As pesquisas de ontem estão iniciando uma ligeira vantagem do candidato Aécio Neves. Se isso vai se confirmar nas urnas ou não, não dá pra prever”, ponderou Falcão.
Da Redação da Agência PT de Notícias