A eleição no Congresso dos Estados Unidos, nesta terça-feira (6), teve como uma das grandes vencedoras a diversidade. O número de mulheres candidatas foi alto, e o resultado animador trouxe maior representatividade para as minorias. Pela primeira vez na história, o país elegeu mulheres indígenas e muçulmanas e o primeiro governador declarado homossexual, segundo noticiou o jornal El País.
A democrata Deborah Haaland foi eleita com 60% dos votos e se tornou a primeira indígena legisladora do Novo México. Com 57 anos, pertence a tribo de Pueblo de Laguna. Foi dirigente do Partido Democrata do Novo México do ano de 2015 até 2017, além de diretora de voto de nativos americanos na campanha de Barack Obama em 2012.
A ex-lutadora de MMA, Sharice Davids, também indígena, é democrata pelo estado do Kansas. Davis também é advogada, assumidamente lésbica e teve 53% dos votos.
Rashida Tlaib e Ilhan Omar são as primeiras muçulmanas eleitas para o Congresso. Omar tem 33 anos e nasceu na Somália, foi para os Estados Unidos refugiada com a família e agora é a primeira legisladora norte-americana de origem Somali no 5º Distrito de Minnesota. A democrata Rashida, venceu em Michigan, é advogada e filha de pais imigrantes palestinos.
O primeiro governador homossexual é Jared Polis, político, empresário e filantropo eleito no Colorado, o democrata de 44 anos tem um patrimônio líquido estimado em 1,5 bilhão de reais e o orçamento de sua campanha veio do seu bolso.
Outra conquista para representação das minorias foi a vitória de Ayanna Pressley, primeira congressista negra de Massachusetts. Pertencente a ala progressista do Partido Democrata, foi vítima de agressão sexual quando era criança e adolescente. Em seu discurso de agradecimento garantiu que disputou as eleições para fazer a mudança.
A mulher mais jovem eleita tem 29 anos, Alexandria Ocasio-Cortez venceu no 14º Distrito de Nova York. Trabalhou como garçonete em um restaurante mexicano e hoje é uma das figuras mais relevantes do Partido Democrata.
Os EUA também elegeram as primeiras legisladoras latinas do Texas, Veronica Escobar e Sylvia Garcia.
Da redação da Secretaria Nacional de Mulheres do PT com informações do El País