Os primeiros sete anos de parceria entre o Projeto Pacto das Águas e o Programa Petrobras Socioambiental envolveu mais de três mil pessoas e rendeu cerca de R$ 5 milhões às comunidades de agricultores familiares e indígenas da Amazônia matogrossense. Isso graças à extração sustentável e comercialização de aproximadamente duas toneladas de castanha-do-Pará e 90 toneladas de látex.
A região onde é desenvolvido o projeto é significativa, pois trata-se do chamado Arco do Desmatamento. São 500 mil quilômetros quadrados de terras que vão do leste e sul do Pará em direção oeste, passando por Mato Grosso, Rondônia e Acre. Nessa área, concentram-se altos índices de desmatamento prontos para dar lugar a pastagens.
O projeto abrange cerca de dois milhões de hectares e tem a capacidade de produzir anualmente entre 160 e 300 toneladas de castanha e 25 toneladas de látex. Até o momento, a Petrobras investiu R$ 110,8 milhões em 124 iniciativas, que beneficiaram cerca de 100 mil pessoas.
Segundo o coordenador do projeto, Plácido Costa, a fixação das pessoas à terra e o uso dos recursos florestais sem desmatamento são dois dos grandes trunfos do projeto. Um efeito colateral positivo será, ainda, a união entre povos indígenas inimigos no passado, como os Cinta Larga, Rikbaktsa, Gavião e Arara.
“O mais importante é que diminuímos o êxodo rural. Jovens indígenas e seringueiros estreitaram laços com suas terras, identidade e cultura”, diz Costa.
Por Guilherme Ferreira, para a Agência PT de Notícias