O presidente Nacional do PT, Rui Falcão, apoiou, nesta quarta-feira (4), as mudanças ocorridas no comando da Petrobras, anunciadas nesta manhã. Para ele, a saída de Graça Foster da Presidência da estatal e de cinco diretores vai fortalecer a empresa e garantir a continuidade das políticas de conteúdo nacional adotadas pela atual gestão.
“O fato é que a empresa precisa ser fortalecida e o combate à corrupção tem que ser permanente”, declarou após reunião com a bancada do PT na Câmara dos Deputados.
Para o dirigente, a nova equipe deverá priorizar o crescimento da estatal e garantir o cumprimento dos programas de fortalecimento da empresa, além da continuidade da exploração do pré-sal. “Temos que manter as políticas de conteúdo nacional, que garantem empregos e o crescimento do País”, defendeu.
O presidente do PT rechaçou análises publicadas por alguns veículos que defendem a privatização da estatal e sugerem mudanças no regime de partilha e o fim da exclusividade da exploração do pré-sal.
“Há uma tentativa muito grande de desmerecer a Petrobras como empresa pública”, avaliou.
Rui Falcão disse ainda que não há nenhum desvio ético ou suspeita em relação à atuação de Graça Foster na Presidência da empresa. “Ela não está em questão, não há nenhuma denúncia contra ela. São decisões de ordem administrativa”, justificou.
Golpismo – O presidente do PT também comentou o documento encomendado pelo advogado do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, José de Oliveira Costa, que sugere a hipótese de impeachment da presidenta Dilma Rousseff.
Para ele, trata-se de um parecer “encomendado”, que não passa de uma “tese”.
“Não vejo nem base jurídica, nem base política. Essas tentativas ensaiadas, que flertam com o golpismo, eu não levo a sério. A população brasileira está muito firme com o propósito da democracia, da participação cada vez maior”, afirmou.
Sobre as manobras da oposição ao governo Dilma baseadas na instalação de CPIs no Congresso, Facão minimizou o caso. “É direito da oposição propôr quantas CPIs entender”, declarou.
Entretanto, para ele, o que havia para ser investigado no caso de corrupção na Petrobras, está sendo apurado pelo Ministério Público, Polícia Federal, e Justiça Federal, por meio da atuação do juiz Sérgio Moro, na Operação Lava Jato.
“O que não acontece em São Paulo, onde não se instalam CPIs porque o PSDB, que tem o controle da maioria da Assembleia, nunca permitiu investigar, como o caso da Alstom e do Transalão”, lamentou.
Segundo o presidente, não haverá qualquer retaliação por parte do PT após a derrota na eleição para a Presidência da Câmara, que elegeu o deputado Eduardo Cunha (PMDB).
“Diferente daqueles que no plano federal querem fazer um terceiro tempo, nós reconhecemos a eleição do presidente e dos membros da mesa e vamos trabalhar com eles”, disse.
“Nós vamos ter uma atuação de bancada presente, como sempre fomos”.
Por Flávia Umpierre, da Agência PT de Notícias.