O presidente nacional do PT, Rui Falcão, defendeu, durante etapa preparatória para o 5º Congresso Nacional da legenda nesta sexta-feira (22), em São Paulo, o ajuste fiscal proposto pela presidenta Dilma Rousseff e a taxação de grandes fortunas.
“Nós temos que apoiar o empenho da presidente Dilma, mas ao mesmo tempo enfatizar que a política econômica tem de estar voltada no sentido de que o custo da retificação das contas nacionais se dirija mais àqueles que podem pagar o ônus da crise”, disse Falcão, segundo o portal “G1“.
Além disso, o presidente do PT defendeu a medida do governo federal, publicada também na sexta-feira, que aumenta a tributação sobre o lucro de instituições financeiras. A Medida Provisória aumenta de 15% para 20% a Contribuição Social Sobre o Lucro Líquido (CSLL).
“Acho que foi positivo, como deverão ser outras que deverão seguir: aumento do IOF, aumento do imposto de importação. Teve algumas medidas que, para usar a linguagem de vocês, batem no andar de cima. Acho que virão outras como o imposto sobre grandes heranças”, afirmou.
Para Falcão, o governo federal deveria retomar a CPMF, imposto que vigorou entre 1997 e 2007 e era cobrado para ser aplicado na saúde pública.
“Seria uma boa maneira de arrumar mais recursos para a saúde. A CPMF não vai incidir sobre os pequenos, 13 milhões de pessoas vão ter de pagar”, avaliou.
O presidente da sigla também atentou para o terrorismo midiático e econômico promovido por grandes empresas de comunicação que fomentam um movimento reacionário e de ódio contra o Partido dos Trabalhadores.
“Nunca antes a corrupção foi tão combatida como em nossos governos, que deve ser enfrentada como temos feito, implacavelmente, e não acobertada como os governos do PSDB, a começar pela compra da reeleição de uma pessoa que hoje vai na televisão posando de campeão da moralidade”, lembrou.
“Não faz parte da nossa história, da nossa tradição democrática, da nossa ética pública, conviver ou ser conivente com a corrupção”, ratificou.
Ele ainda afirmou que o ódio promovido contra o PT não se deve aos erros políticos do partido, mas sim aos extraordinários acertos sociais e políticos que contrariam interesses de poderosos do nosso país e desafiam preconceitos seculares.
Sobre a decisão da sigla de recusar doações de empresas, Falcão disse ser importante dar ‘exemplo’.
“Dar exemplo é o mais forte dos argumentos na política e na vida. Financiar nossas próprias idéias, nossas atividades, é um passo necessário que vai nos diferenciar novamente das estruturas viciadas que o PT nasceu condenando e nasceu para modificar”.
“Vamos juntos mudar o PT para continuar mudando o Brasil”, encerrou.
Por Gustavo Mello, da Agência PT de Notícias, com informações do portal “G1”