A família Queiroz Galvão, dona das empreiteiras Galvão Engenharia e Queiroz Galvão, investigadas na Operação Lava Jato, mantinha contas na Suíça por meio do esquema articulado pelo banco HSBC.
A informação foi divulgada, nesta quinta-feira (26) pelo jornalista Fernando Rodrigues , integrante do Consórcio Internacional de Jornalistas Investigativos (ICIJ) que detêm os nomes de todos os envolvidos, mas resiste em divulgá-los de uma só vez.
Análise detalhada de milhares de fichas de correntistas da agência de “private bank” do HSBC de Genebra, na Suíça, indica que muitos operavam por meio de empresas em paraísos fiscais. Esse é o caso de pelo menos 9 dos 11 integrantes da família Queiroz Galvão.
Na apuração de acusações contra a Galvão Engenharia e Queiroz Galvão na Operação Lava Jato, a Polícia Federal e o Ministério Público poderão solicitar informações a respeito de fluxo financeiro dessas empresas com sede em paraísos fiscais.
Como resultado da ação policial, o diretor-presidente da Divisão de Engenharia da empreiteira Galvão Engenharia, Erton Medeiros Fonseca, foi preso. Os empresários Dario e Eduardo de Queiroz Galvão, ambos da Galvão Engenharia, também são considerados réus.
A empreiteira negou irregularidades na existência das contas na Suíça. “A Queiroz Galvão afirma que todo o patrimônio dos seus acionistas porventura existente no exterior sempre se submeteu aos registros cabíveis perante as autoridades competentes”, informou a assessoria da empreiteira.
A Galvão Engenharia, por meio do advogado da família, José Luis Oliveira Lima, disse não ter “nada a declarar”.
Para se ter uma conta em outro país de forma legal é necessário informar sobre a saída do dinheiro ao Banco Central e declarar à Receita Federal sua existência. Quem não procede dessa forma está cometendo uma infração fiscal e também o crime de evasão de divisas – cuja pena varia de 2 a 6 anos de reclusão, além de multa.
Da Redação da Agência PT de Notícias