Ministro da Fazenda brasileiro a partir de 1º de janeiro de 2023, Fernando Haddad recebeu do presidente diplomado Luiz Inácio Lula da Silva a nobre missão de “incluir os pobres no orçamento e os riscos no imposto”. Assim ele define a tarefa central de mais uma gestão como ministro de governos petistas.
Entre 2005 e 2012, Haddad comandou a verdadeira revolução ocorrida no ensino brasileiro. À frente do Ministério da Educação (MEC), ele implementou o Programa Universidade para Todos (ProUni) e reformulou o Fundo de Financiamento ao Estudante do Ensino Superior (FIES) e o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). Também instituiu os Institutos Federais de Educação, Ciência e Tecnologia.
Haddad é graduado em Direito pela Universidade de São Paulo (USP), com especialização em Direito Civil, mestrado em Economia e doutorado em Filosofia pela mesma universidade. Também foi professor de Teoria Política Contemporânea do Departamento de Ciência Política da USP. Eleito no final de 2012, foi prefeito de São Paulo entre 2013 e 2016, concorrendo à Presidência da República em 2018.
Após ter sido anunciado por Lula, Haddad concedeu uma coletiva no último dia 13, na qual apontou alguma as prioridades da pasta: uma nova regra fiscal em substituição ao teto de gastos, a retomada de acordos internacionais e a reforma tributária. Mas em primeiro lugar, disse, “não podemos admitir a volta da fome e a corrosão dos salários”.
O próximo ministro da Fazenda afirmou que a combinação de responsabilidade fiscal e social são perfeitamente exequíveis. “Já fizemos e vamos voltar a fazer”, garantiu ele. “O Estado é fortalecido não com descontrole, mas com previsibilidade e confiança, com investidores sabendo o que está acontecendo.”
“Temos que definir uma política econômica sensata e equilibrada. Nós temos problemas para corrigir, não são problemas pequenos”, ressaltou Haddad, defendendo “um Estado que pode investir, que pode suprir as necessidades da população de saúde, educação, assistência, combate à fome”.
Da Redação