Na democracia representativa, o campo do jogo político é a urna, o campeonato é a eleição direta e o juiz é o povo. Mas, no Brasil real, não tem sido assim: o jogo é bruto e sujo, sem o fair play do respeito às regras e à soberania popular. Derrotados no campo, os perdedores de todos os times viraram a mesa, igualzinho ao que acontece no submundo do esporte.
Desde 2015, o campo transferiu-se para o tapetão dos tribunais e do Congresso Nacional, o campeonato virou golpe, o árbitro passou a ser o ajuntamento reacionário de partidos-mídia-judiciário-ministério público-empresariado. O resultado dessa tramoia é que o Brasil foi rebaixado de divisão, passando de país com indicadores olímpicos de inclusão social e avanços institucionais à condição de lanterninha no ranking da admiração global.
O que começou com o impeachment da presidente Dilma, perpetua-se no tempo com a caçada implacável ao presidente Lula. O objetivo é impedir o maior craque da nossa história política, formulador e executor da escalada global do Brasil, de realizar, como capitão do Esperança Futebol Clube, a virada de jogo para recuperar os pontos perdidos.
Mas, craque que é craque, jamais é esquecido pela torcida. E, a cada rodada do campeonato, ela faz questão de lembrar isso aos pernas-de-pau do atraso, colocando-o em primeiro lugar disparado em todas as pesquisas. O recado é claro: na verdadeira Copa da Democracia (a eleição presidencial 2018), falta O Cara.
Mesmo caçado em todos os lances pelos beques-de-roça golpistas, mesmo expulso do campo por juízes que sabotam as regras do jogo, o Lula continua a ser a maior paixão nacional. O único capaz de fazer torcedores de todos os clubes voltarem a vestir, com orgulho e alegria, uma mesma camisa, a maior de todas: a camisa do povo brasileiro.
Fernando Mineiro é deputado estadual PT-RN