O governo brasileiro anunciou que as ferrovias brasileiras que vão a leilão a partir de 2016 no âmbito do Programa de Investimento em Logística (PIL) estão mais atrativas para os investidores interessados na concessão do serviço.
O programa planeja atrair R$ 198,6 bilhões em investimentos privados até os primeiros anos da próxima década, dos quais R$ 86,4 bilhões em ferrovias.
O próprio ministro da Fazenda, Joaquim Levy, fez questão de anunciar na segunda-feira (23) que promoveu uma revisão na taxa de retorno dos empreendimentos ferroviários que serão incluídos nas licitações do , aumentando a atratividade do negócio.
Entre as ferrovias que devem ser incluídos na próxima etapa de leilões estão os trechos da ferrovia NorteSul entre Lucas do Rio Verde (Mato Grosso) a Miritituba (Pará), com investimentos estimados em R$ 9,9 bilhões; de Açailândia (Maranhão) a Barcarena (Pará) e de Palmas (Tocantins) a Anápolis (Goiás), outros R$ 7,8 bilhões; e, de Anápolis a Estrela d’Oeste (São Paulo); e, Estrela d’Oeste a Três Lagoas Mato Grosso do Sul), mais R$ 4,9 bilhões.
Juntas, as obras desses trechos vão trazer R$ 22,6 em investimentos, indicam estudos disponíveis na página do Ministério do Planejamento na internet, com geração de milhares de empregos.
Uma das maiores empresas ferroviárias do planeta, a estatal russa RZD (Russian Railways), já manifestou interesse em disputar as concessões da NorteSul, conforme reportagens publicadas pela Agência PT de Notícias.
A taxa de retorno subiu de 8,5% para 10,6%, segundo o ministro. Ela serve como referência para abatimento do valor no cálculo do preço mínimo da outorga. O governo avalia que o aumento torna a infraestrutura ferroviária mais competitiva, ao alinhar o risco da operação com o retorno financeiro.
Por Márcio de Morais, da Agência PT de Notícias