A confiança dos empresários brasileiros subiu em março, de acordo com relatório da Fundação Getúlio Vargas (FGV), divulgado nesta terça-feira (2). O Índice de Confiança Empresarial (ICE) saltou 0,6 ponto no período, chegando a 94,7 pontos. Apesar de breve queda em fevereiro, interrompendo uma sequência de 8 meses de ascensão, o ICE permaneceu estável na média trimestral. O destaque foi o setor da Indústria.
“A confiança empresarial encerra o primeiro trimestre de 2024 em alta”, explica o economista da FGV Adolpho Tobler. “O resultado positivo do mês foi totalmente influenciado pela melhora das expectativas, e apenas compensaram parte da queda observada no mês passado”, continua.
Tobler estima que o ICE pode subir ainda mais em 2024. “A evolução dos indicadores de expectativas, e a continuidade do cenário macroeconômico mais favorável, permitem imaginar uma aproximação da confiança empresarial ao nível neutro de 100 pontos nos próximos meses”, conclui.
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Segundo a FGV, em março, o Índice de Expectativas Empresariais (IE-E) avançou 1,4 ponto, para 94,1 pontos. Isso se deve, principalmente, à melhora na percepção sobre a demanda prevista para os próximos três meses na Indústria e nos Serviços. Nesses setores, houve melhora de 2,6 pontos, para 94,2. O indicador que mede o otimismo com o ambiente de negócios seis meses à frente também subiu: 0,1 ponto, para 94 pontos.
Reindustrialização
Pesquisa inédita realizada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), em parceria com o Instituto de Pesquisa em Reputação de Imagem (IPRI), revela crescimento na disposição dos brasileiros para ampliar gastos, nos próximos 12 meses, com bens de maior valor agregado, como móveis e eletrodomésticos. À sondagem, 41% dos entrevistados afirmam que vão consumir mais produtos industriais em 2024 que em 2023. Outros 41% dizem que vão manter o mesmo nível de consumo e 15% devem comprar menos.
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“A percepção de melhora em termos de renda, situação financeira e expectativa de gastos tende a criar um cenário positivo na visão da população. Isso reforça o aumento do consumo nos próximos meses”, afirma Rafael Lucchesi, diretor de Desenvolvimento Industrial da CNI. “Essa disposição é importante, pois a demanda interna insuficiente foi o segundo principal problema relatado pelos empresários no ano passado, atrás apenas da carga tributária”, acrescenta.
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A CNI ouviu mais de 2 mil pessoas nos 26 estados da Federação e no Distrito Federal (DF). A margem de erro da pesquisa é de 2 pontos percentuais, com intervalo de confiança de 95%.
Da Redação, com CNI