O prefeito de Diadema, José de Filippi Jr. (PT), candidato à reeleição, retomou sua agenda de campanha na terça-feira (15) após suspender as atividades no final de semana para pressionar a Enel a restabelecer os serviços de energia no município. Cerca de 80% das residências de Diadema estavam sem eletricidade desde sexta-feira (11), quando um novo apagão deixou mais de 2 milhões de pessoas da Região Metropolitana de São Paulo sem energia. Graças à intervenção da equipe de Filippi, o fornecimento vem sendo gradualmente normalizado na cidade.
Faltando uma semana para a eleição do segundo turno, o prefeito Filippi tem intensificado sua campanha nas ruas. Ontem (15), ele visitou os bairros Serraria, Conceição e Parque Real, conversando com os moradores que também foram afetados pela queda de energia. A atividade começou em frente aos prédios da Sanko, no Parque Regional Oeste. Filippi estava acompanhado pelos vereadores petistas Lilian Cabrera e Neno, os vereadores eleitos Gel Antônio (PT) e Gilson Moura (UNIÃO), além da militância do PT e de partidos aliados.
Em debate, Filippi destaca trabalho para restabelecer energia em Diadema
Nesta terça-feira (15), o candidato Filippi participou do primeiro debate de segundo turno promovido pelo g1, onde destacou sua atuação para restabelecer a energia elétrica em Diadema após o temporal da sexta-feira (11), que deixou milhões de pessoas sem luz em São Paulo e na região do ABC paulista.
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Em resposta ao comentário do oponente, Taka Yamauchi, sobre a dificuldade de Filippi em restabelecer a energia para toda a população de Diadema, Filippi classificou a afirmação como oportunista. “Querer jogar para mim a questão do apagão é desonesto”, disse ele, ressaltando que, até ontem (15), milhares de pessoas na Grande São Paulo ainda estavam sem eletricidade. Filippi também apontou que a fiscalização inadequada por parte do governo de São Paulo é um dos causadores dos apagões recorrentes na região.
Neste final de semana, o prefeito Filippi criou um gabinete de crise e acionou a Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) para exigir uma melhor prestação de serviços por parte da Enel. A forte chuva, acompanhada de rajadas de vento intensas, causou a queda de pelo menos 35 árvores e interrompeu a energia em 10 dos 11 bairros da cidade.
Por meio do ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, que esteve em Diadema, Filippi conversou com Sandoval de Araujo Feitosa Neto, diretor-geral da Aneel. Durante a conversa, ele solicitou que a agência regulatória adote medidas firmes contra a concessionária, enfatizando que essa não é a primeira vez que a Enel demora a restabelecer a normalidade diante de problemas na prestação de serviços.
Filippi expõe falhas de Taka como gestor público em Ribeirão Pires
Ainda durante o debate, o prefeito Fillipi destacou a passagem conturbada de seu oponente, Taka Yamauchi como Secretário de Obras de Ribeirão Pires. Filippi argumentou que essas falhas do oponente como gestor público demonstram porque ele é o mais preparado para cuidar de Diadema.
Durante seu mandato, Yamauchi deixou milhões de reais em obras paradas, não entregou o Hospital Santa Luzia de Ribeirão Pires, que estava 60% concluído, e abandonou a construção da UBS do Parque Aliança. Além disso, foi apontado pelo Tribunal de Contas como o “campeão” em projetos paralisados e sem execução.
Uma das principais propostas do plano de governo de Filippi é a construção de um novo Hospital Municipal em Diadema, compromisso que não foi assumido por seu oponente. Durante o debate, Filippi reforçou a diferença entre as propostas dos candidatos na área da saúde, questionando Taka sobre sua posição em relação ao novo hospital: “Você não conseguiu construir uma UPA com 90 leitos em quatro anos, então falta capacidade, né?”.
Diante da observação de Taka de que o prefeito “nem conseguiu fazer a licitação do hospital”, Filippi reafirmou seu compromisso com a construção do novo hospital, afirmando que o projeto já está pronto. Ele ressaltou que agora, a obra precisa de recursos, mas a prefeitura de Diadema já possui um convênio assinado com o presidente Lula, que destinará mais de R$ 300 milhões para a construção do hospital.
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Da Redação