O Sindicato dos Metalúrgicos de Pernambuco reagiu à proposta da candidata Marina Silva (PSB), que fala em reduzir o papel da Petrobras. Um dos articuladores da campanha do PSB, Walter Feldman, disse que o partido é contra o regime de partilha do Pré-sal, o que abriria espaço para petroleiras estrangeiras.
Ele também é contra a exigência de conteúdo local, o que tiraria a demanda de fornecedores brasileiros e emprego no Brasil. As empresas de metalurgia em Pernambuco fornecem vários tipos de insumos para a estatal e geram milhares de empregos. O vice-presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Pernambuco, Enoque Amâncio Ferreira Neto, disse que a proposta de Marina vai de encontro ao desenvolvimento do setor naval, que foi reativado pelo ex-presidente Lula e que continuou com a presidenta Dilma.
Segundo Amâncio, fábricas que produzem máquinas, equipamentos e ferramentas para a Refinaria de Suape e o Estaleiro, sofreriam grande impacto negativo. “Nós estamos brigando para gerar emprego aqui em Pernambuco, e não como esse programa de Marina, que só traz retrocessos para o nosso estado”, disse o sindicalista.
Já o presidente licenciado do Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias de Construção de Estradas, Pavimentação e Obras de Terraplanagem no Estado de Pernambuco (Sintepav-PE), Aldo Amaral, afirmou que a proposta da pessebista é de um contrassenso enorme. “A gente vê que uma proposta dessa, não tem cabimento. É uma ideia equivocada”, criticou Amaral.
Em discurso realizado no mês de Abril, a presidenta Dilma Rousseff disse que só na indústria de fornecedores, foram gerados 80 mil empregos. E até 2017, serão 100 mil trabalhadores. De 2003 a 2013, a Petrobras investiu cerca de 272 milhões de reais no desenvolvimento de 124 fornecedores de grande porte.
Por Marcos Paulo Lima, da Agência PT de Notícias