As vísceras da Lava Jato ganham mais uma vez os holofotes do noticiário político nacional. Nesta edição da Focus Brasil, de número 100, o mais novo escândalo envolvendo a operação e o ex-juiz Sergio Moro é explorado em reportagem de capa da revista editada pela Fundação Perseu Abramo (FPA). “Nas últimas semanas, a imprensa trouxe à tona novas denúncias apontando que os esquemas de coerção de testemunhas, manobras ilegais e parcialidade do juiz — já reveladas na Operação Vaza Jato — não se esgotaram em si”, destaca a Focus. “Algo de muito sujo continua vindo à tona, para desespero do senador Sergio Moro”.
“Na última semana, conversas inéditas entre procuradores mostram que Moro tentou obter informações para emparedar ministros do Superior Tribunal de Justiça e que o Ministério Público editou súmulas do Tribunal Regional Federal da 4ª Região em matéria penal e de improbidade administrativa. Os diálogos foram revelados por Luis Nassif, do Jornal GGN”, detalha a revista, informando ainda que Moro e o deputado cassado Deltan Dallagnol têm muito o que explicar à justiça.
Na seção Carta ao leitor, assinada pelo diretor da FPA Alberto Cantalice, a comemoração às 100 edições de Focus Brasil. “Enveredar pela criação de um veículo semanal em formato digital e contando com uma equipe enxuta, porém extremamente consciente do papel a desempenhar, não foi uma tarefa fácil, porém perseveramos e conseguimos”, celebra Cantalice. “Chegar ao número 100 nos dá a certeza de que estávamos no caminho certo”.
“Recepcionada pela militância do PT, a Focus Brasil tem contribuído modestamente com análises e posicionamentos que rompem com a mistificação do senso comum midiático e encara de frente os dilemas da política brasileira”, avalia Cantalice. “É um veículo aberto aos progressistas e principalmente àqueles que, vinculados ao PT, tem seu espaço de interlocução brecado pelo maistream midiático”, escreve.
Na entrevista da semana, José Genoino traça um panorama do atual quadro político atual, avalia o papel do PT na disputa política contra a extrema direita no país, além de defender um enquadramento das Forças Armadas ao seu papel institucional. “Temos uma oportunidade histórica de de subordinar as Forças Armadas aos princípios e aos valores de um regime democrático. Esse é o desafio que está posto”, considera Genoino.
As novas revelações envolvendo o ajudante-de-ordens de Bolsonaro, Mauro Cid, a partir de conversas registradas do celular que está em poder da Polícia Federal, podem complicar a vida do ex-presidente e extremista de direita, informa a Focus. Os indícios de um plano para Bolsonaro aplicar um golpe de Estado ganham contornos cada vez mais nítidos.
“A estratégia começaria com Bolsonaro enviando às Forças Armadas um documento que denunciaria “inconstitucionalidades praticadas pelo Judiciário”. A partir daí, daria-se o golpe em etapas. A primeira, seria nomear um interventor, que, então, definiria um prazo para o “restabelecimento” da ordem Constitucional”, revela a revista.
Na editoria de cultura, os registros do início da Beatlemania presentes em um livro de fotografias assinado por Paul McCartney. Os registros foram feitos pelo baixista entre 1963 e 1964, o ano em que o quarteto de Liverpool invadiu a América e tomou o planeta de assalto. “Entre os cliques do músico há uma especial, que ele mesmo selecionou e comenta como uma descoberta da fama que viria para cada daqueles quatro caras saídos da cidade portuária nos confins do norte da Inglaterra”, aponta a Focus.
“Uma das minhas fotos favoritas da coleção mostra George Harrison, seu rosto escondido por óculos de sol, sendo entregue uma bebida — provavelmente um uísque e Coca-Cola — por uma garota, e embora não vejamos o rosto dela, vemos seu deslumbrante biquini amarelo”, relata Paul, no livro.
A revista traz ainda texto assinado por Bia Abramo sobre o Festival de cinema In-Edit, que, no Brasil, ocorre em São Paulo. A mostra traz 22 longas brasileiros na competição de documentários. “Além dos filmes brasileiros, a versão nacional do festival, que também acontece na Europa (Espanha, Grécia e Holanda) e na América Latina (México e Chile), também exibe obras produzidas em outras partes do mundo”, diz o texto.
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Da Redação