As articulações bem sucedidas dos trabalhistas, no Reino Unido, e da Nova Frente Popular, na França, resultaram em uma importante vitória do campo progressista europeu. O assunto foi destaque da nova edição da Focus Brasil, editada pela Fundação Perseu Abramo (FPA). A revista aponta que as eleições demonstram que é possível construir uma articulação democrática para barrar o avanço da extrema direita, e são um exemplo ao mundo.
“Essas vitórias revelam uma rejeição clara das políticas neoliberais e de extrema direita, com a população se mobilizando contra a piora das condições de vida e a perseguição a imigrantes”, relata a publicação. “Na França, Mélenchon reafirmou seu compromisso com a defesa da população palestina e a reversão das reformas neoliberais, enquanto no Reino Unido, a mobilização pró-Palestina influenciou significativamente os resultados eleitorais”, observa a reportagem da Focus.
A revista noticia ainda a repercussão positiva do resultado para o campo progressista na América Latina, em particular, no Brasil. “Esse resultado reforça a importância do diálogo entre os segmentos progressistas em defesa da democracia e da justiça social”, festejou o presidente Lula.
“A vitória da NFP na França e dos trabalhistas na Inglaterra, ambas na mesma semana, ultrapassam as fronteiras europeias, indicando novos rumos para as esquerdas globais”, aponta a Focus. “A união das forças progressistas mostra um caminho possível e efetivo para enfrentar a extrema direita, sendo um chamado à ação para todos que lutam por justiça social e democracia”.
As eleições europeias também foram objeto de análise do diretor da FPA, Alberto Cantalice, na seção Carta ao Leitor. “O peso da questão democrática e a completude do que dela deriva, no momento em que o espectro do fascismo, do cesarismo e do bonapartismo ronda a velha Europa e se assanha nos Estados Unidos, volta com força a permear os corações e as mentes das forças progressistas”, pondera Cantalice.
“Configurar um novo cenário de disputa com o capitalismo em sua face mais perversa: o neoliberalismo, demandará a construção da nova utopia”, opina o diretor.
Na entrevista da semana, o presidente da Embratur, Marcelo Freixo, esmiuçou os desafios do governo Lula para recuperar a imagem brasileira no exterior e o trabalho de reconstrução interna após a devastação de Bolsonaro, da cultura ao meio ambiente.
“O Brasil era o país do “passar a boiada””, lembrou Freixo. “Era o país da devastação, das declarações do ex-ministro do Meio Ambiente, do negacionismo. E retomamos as relações com todo o trade internacional do ecoturismo e do turismo de aventura”, destacou.
“Quando chegou agosto, a revista Forbes publicou que o Brasil tinha voltado a ser o maior destino do mundo de ecoturismo, superando o México em seis meses”, relatou o petista. “Nos seis meses desde o início dessa campanha, que foi após o Carnaval, em agosto, conseguimos retomar a imagem do Brasil como principal destino ecoturístico do mundo”.
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Da Redação