A Folha de S. Paulo retornou bater na surrada tecla da cobrança de auto crítica do Partido dos Trabalhadores, no editorial “Clareza de propósito”, publicado nesta segunda-feira, 17. No texto, ignorando as conquistas dos governos petistas, e os ataques ao país e à economia nacional, o jornal reclama que o partido destoa dos debates patrocinados pelo jornal ao “ignorar erros petistas sem apresentar propostas para o futuro”.
“Depois do Globo e Estadão, agora é a Folha quem falseia a história”, como já fez em publicação anterior, alerta a presidenta Gleisi Hoffmann, em seu perfil do Twitter. “O primeiro esforço do governo Lula em 2003 foi recuperar uma economia que ele recebeu com inflação a 12%, juros a mais de 40%, dívida pública a 2/3 do PIB e desemprego nas alturas”, lembrou Gleisi, fatos objetivos comprovados por todos os indicadores econômicos.
Levados pelo negacionismo econômico que tomou conta do atual governo, o jornal tenta argumentar que “as pertinentes críticas ao governo Bolsonaro” – que a grande mídia apoiou sem qualquer questionamento -, dariam lugar a “um resgate das mesmas receitas de tutela do Estado sobre investimentos e a retomada de políticas industriais, apesar dos repetidos fracassos nessa área”.
Continuando a refrescar a memória dos editorialistas da Folha, Gleisi destaca que “não foi com a receita neoliberal que o Brasil cresceu e mudou“. De acordo com ela, “foi com investimento forte do Estado em políticas públicas, obras, aumento de salário real e geração de emprego e renda para os mais pobres em escala nunca vista. O oposto do que pregam a Folha e a Faria Lima”.
A presidenta do PT também alerta para a desonestidade editorial de “dizer que é contra Bolsonaro e ao mesmo tempo defender a política econômica de Paulo Guedes”. Para Gleisi, “incendiária é a reforma trabalhista que achatou salário, tirou direitos e agravou a crise social do país”, propostas apoiadas pela grande mídia, elite empresarial e setor financeiro.
O que “Lula representa é muito claro: colocar de novo o povo no orçamento, para o país voltar a crescer e garantir vida mais digna a nossa gente. Pensar primeiro na economia popular, como sempre fizemos”, afirma. Para finalizar, Gleisi adverte que “em 2022, o povo brasileiro vai escolher entre dois modelos que ele já conhece muito bem: o que reduziu a desigualdade e o qu aumentou a injustiça. A Folha devia ser mais transparente em suas escolhas, sem mistificações”.
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Da Redação