Em entrevista ao programa Jornal PT Brasil, da TvPT, veiculada nesta segunda-feira (12), o secretário-geral Nacional do partido, Henrique Fontana, destacou a preparação que vem sendo feita para a construção de uma tática eleitoral visando as eleições municipais que ocorrerão no ano que vem no país.
De acordo com Fontana, os resultados das eleições municipais serão fundamentais para fortalecer o Partido dos Trabalhadores e seus aliados no cenário nacional e assim consolidar a sustentação política do governo do presidente Lula.
“Nós tivemos uma vitória extraordinária com a vitória do presidente Lula, que nos dá de novo a oportunidade e a responsabilidade de governar o país, e estamos governando muito bem nas condições em que recebemos e já conseguimos mudar muitas coisas nesses primeiros meses de governo”, constatou Fontana.
“Obviamente queremos preparar, ao longo dos próximos meses, uma tática para a disputa das eleições municipais que fortaleça tanto o PT e a nossa Federação, que inclui o PCdoB e o PV, como também os aliados, especialmente aqueles que sustentaram a candidatura de Lula no primeiro turno das eleições passadas e também em alguns lugares teremos alianças com setores e partidos que ajudam a sustentar o governo do presidente Lula”, informou Fontana.
Assista no vídeo abaixo a íntegra da entrevista
Henrique Fontana reforçou, durante a sua fala, a intenção de se construir uma uma aliança estratégica que inclua a Federação Psol e Rede, a Federação Brasil da Esperança e também o PSB e o PDT, partidos que compõem a esquerda e a centro-esquerda brasileira. “Esta aliança que, se possível, for formada no maior número de municípios, especialmente nos maiores do país, é a que nós almejamos. Em alguns casos teremos, obviamente, outras alianças com partidos que ajudam a sustentar o governo Lula”, afirmou.
Atuação do GTE 2024
O PT divulgou recentemente a resolução aprovada pela Comissão Executiva Nacional, que cria o Grupo de Trabalho Eleitoral (GTE) para tratar das eleições municipais de 2024. Henrique Fontana comentou os objetivos do GTE e a sua forma de atuação.
“Nós constituímos esse Grupo de Trabalho Eleitoral para que possamos ouvir desde cedo as análises que as nossas direções nos estados estão fazendo sobre a disputa eleitoral que se avizinha nos municípios. É lógico que o resultado de uma eleição municipal, que é uma eleição intermediária na disputa democrática brasileira, fala muito sobre o que acontecerá dois anos depois e sobre o fortalecimento do governo Lula. O fato é que as forças de extrema-direita que tentaram implementar no país um projeto neofascista ainda estão presentes e precisam ser enfrentadas cotidianamente em defesa da democracia brasileira”, alertou.
Como já ocorreu em anos anteriores, o Grupo de Trabalho Eleitoral será composto por 8 a 10 dirigentes do PT, que representam as diferentes forças que compõem a direção nacional do partido e será coordenado pela presidente Gleisi Hoffmann.
“O GTE terá um diálogo permanente com as nossas direções estaduais que analisam o cenário político em cada uma das nossas cidades, as grandes, as médias e as pequenas. Nós teremos um olhar para cada uma delas. Esse grupo também dialoga com as nossas secretarias nacionais para que possamos retirar de todas essas informações uma política de alianças em cada das cidades brasileiras que garanta, este é o nosso objetivo estratégico, o maior número de vitórias para o nosso partido e nossa Federação, mas também para aliados do PT e do governo Lula”, enfatizou ele.
O secretário-geral do PT adiantou também o método de trabalho do GTE. “Primeiro nós ouvimos os aliados, que é também uma função do GTE, e depois os dirigentes estaduais e municipais que acompanham a política mais detalhadamente lá na base, onde o partido é constituído. Assim, nós teremos um mapa mais preciso sobre o tipo de aliança que podemos fazer e da melhor tática para que naquele município o nosso primeiro objetivo seja sempre atingido, ou seja, impedir que ali os candidatos dessa extrema-direita que tantos prejuízos trouxe para o Brasil possam vencer as eleições”.
A proposta, segundo Henrique Fontana, é alcançar o melhor nível de detalhamento possível de como se movimentam os adversários e de como deverá ser conduzido o campo de alianças nos municípios brasileiros, inclusive com a diferenciação em cidades onde existe o segundo turno e cidades onde não existe, para que se elabora numa tática adequada para as duas realidades.
Da Redação