O Dia Nacional de Mobilização Fora Bolsonaro desencadeado nesta sexta-feira (10) retrata a insatisfação da população brasileira com o governo de Jair Bolsonaro. O povo está cansado de um presidente que desrespeita a democracia e a vida, e que usa a caneta constantemente para retirar direitos da maioria dos trabalhadores do País. Esse cansaço tem grito e voz que ressonam em várias cidades brasileiras e é traduzido nas faixas e cartazes que pedem: Fora, Bolsonaro! Esse é o entendimento de parlamentares da Bancada do Partido dos Trabalhadores na Câmara dos Deputados.
“É preciso usar esta data como símbolo de conscientização. As pessoas hoje sentem os efeitos do governo Bolsonaro, na fome, na insegurança, na perda da esperança, não só no enfrentamento à pandemia, mas também na proteção social e na política econômica. Portanto, o dia 10 tem que ser um grande grito para ecoar em todo Brasil pelo fora, Bolsonaro e pelo impeachment de Bolsonaro e Mourão já”, opinou o líder da Bancada do PT na Câmara, deputado Enio Verri (PR).
Lembrou ainda o deputado que mesmo antes da pandemia do coronavírus, que assola o mundo e o País, Bolsonaro já havia condenado o povo à miséria e, segundo o petista, agora, neste segundo ano de governo, o presidente condena o povo à morte.
“Um dia como hoje é um avanço para a democracia no Brasil. Somando a mais de 40 pedidos de impeachment depositados na mão do presidente da Câmara, deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ), mais a mobilização de outros grandes setores da sociedade e, lembrando, que na próxima semana a CUT e mais mil entidades entregarão outro pedido de impeachment de Bolsonaro, mostra a importância desse dia 10 como o Dia do Fora, Bolsonaro”, frisou Enio Verri.
Paraíso capitalista
Na avaliação do líder da Minoria no Congresso Nacional, deputado Carlos Zarattini (PT-SP), todos os dias de Bolsonaro no comando da Presidência da República são dias de infelicidade. Para Zarattini, o povo não poderia esperar nada diferente de um governo ultraliberal, privatista e entreguista.
“Cada dia de Bolsonaro no governo é um dia a mais de infelicidade para o povo brasileiro. Esse governo de Bolsonaro só se preocupa em entregar os nossos recursos, o nosso patrimônio aos estrangeiros. Só se preocupa em retirar direitos do povo, direitos trabalhistas, acabar com os sindicatos, acabar com a Previdência Social, ele quer acabar com o SUS e com o direito ao ensino gratuito. Ele quer transformar o Brasil no paraíso dos capitalistas”, denunciou Zarattini.
70 mil mortes
Em sua conta no Twitter, o líder da Minoria na Câmara, deputado José Guimarães (PT-CE) questionou: “Hoje no Dia Nacional de Mobilização Fora Bolsonaro, lembramo-nos das quase 70 mil mortes pela inoperância do Bolsonaro em combater a pandemia no Brasil. Quantas vidas poderiam ter sido salvas se Bolsonaro tivesse agido?”.
Na mesma linha, o deputado Alexandre Padilha (PT-SP) se posicionou e afirmou que são 70 mil óbitos confirmados pela Covid-19. Segundo Padilha, se se somar os óbitos que já ocorreram por suspeitas e que estão aguardando os testes, o Brasil poderá alcançar a triste marca de 100 mil óbitos neste momento.
“O que assistimos de Bolsonaro é o deboche, é o desprezo e a paralização das ações de enfrentamento à Covid-19. Bolsonaro não tem a menor condição de liderar o País diante de sua maior tragédia humano e também não tem condição de liderar o Brasil para uma recuperação econômica de uma crise que recai sobre os mais pobres e mais vulneráveis”, sentenciou o ex-ministro da Saúde.
Padilha recordou que Jair Bolsonaro acumula crimes de responsabilidade cometidos, crimes contra a vida, contra a saúde pública, contra a administração pública e crimes contra a democracia. “Não tem alternativa: É fora, Bolsonaro!”.
“Incompetente e corrupto”
“Bolsonaro é tudo de ruim”, qualificou a deputada Margarida Salomão (PT-MG). Ela observou que a incompetência de Bolsonaro é visível no enfrentamento da pandemia, onde o Brasil, segundo ela, registra milhares de mortes desnecessárias. O ocupante do Palácio do Planalto também revela incompetência, segundo a deputada, na condução da política econômica: “O País está mergulhado na pior depressão de sua história”, lamentou.
“Além de incompetente, ele é corrupto. Família miliciana, rachadinha, laranjal, o caso Queiroz, além da tentativa de intervir na Polícia Federal por conta de interesses particulares. Corrupto e incompetente ele também é cruel com os pobres, com os velhos, com a juventude, com as mulheres, crianças, índios, negros, população LGBT. Ou o Brasil tira Bolsonaro ou Bolsonaro acaba com o Brasil. Fora, Bolsonaro pela vida do povo brasileiro”, alertou a parlamentar mineira.
O deputado Paulão (PT-AL) parabenizou os movimentos sociais, partidos políticos, pela instituição do dia 10 de julho como o Dia Nacional Fora, Bolsonaro. O deputado acredita que a população começa a tomar consciência do desastre que representa Jair Bolsonaro na Presidência da República. “As atitudes de Bolsonaro são atitudes que chocam o Brasil e o mundo. Ele age com desrespeito, deboche e, ao mesmo tempo revela que sua eleição foi um fake, uma mentira que está sendo desmontada. A cada dia a sociedade começa a descobrir que o único compromisso que Bolsonaro tem é com sua família e não com o povo brasileiro”, afirmou.
Para o deputado, esse dia é um símbolo de luta. Para ele, o Brasil está diante de um governo que tem como pressuposto não respeitar a vida. “A pandemia ocorreu no mundo, uma doença virótica que ainda não tem vacina e todos os lideres no mundo, independente do corte ideológico, entenderam a importância de defender a ciência. Infelizmente, Bolsonaro não tem estatura moral e nem política. Ele nega a ciência e age contra a vida”, avaliou Paulão.
Segundo o deputado, a palavra de ordem Fora, Bolsonaro significa que o povo quer de volta “o Estado democrático de direito, o fortalecimento da democracia, um Estado social em que o povo brasileiro seja respeitado, que o Brasil seja reconhecido no plano internacional e que o brasileiro tenha motivo de orgulho”.
Destruidor ambiental
O deputado Nilto Tatto (PT-SP) elencou o conjunto de maldades praticado pelo presidente da República contra o meio ambiente. Segundo o parlamentar, desde o inicio de sua gestão, Bolsonaro destruiu todo sistema nacional de meio ambiente. “A Constituição brasileira é clara. Ela nos obriga a cuidar do meio ambiente, inclusive para as futuras gerações. E de responsabilidade do presidente cuidar do povo brasileiro”, enfartizou.
No entanto, continuou Tatto, o presidente Bolsonaro demitiu o fiscais do Ibama, paralisou o Fundo do Amazônia que recebia recursos para o combate ao desmatamento, interferiu no INPE – que mede o desmatamento via satélite -, cortou verba de combate ao desmatamento, burocratizou toda a fiscalização, deixou cargos de comando vagos, nomeou militares sem experiência em postos estratégicos da fiscalização e colocou os fiscais do Ibama em risco.
Ainda, segundo o parlamentar petista, Bolsonaro fragilizou a proteção da Mata Atlântica, reduziu a participação da sociedade civil no acompanhamento das políticas ambientais, fez a lei da mordaça para impedir a denuncia dos servidores públicos do Ministério do Meio Ambiente, retirou mapas de áreas prioritárias do site do ministério, concedeu floresta ao Ministério da Agricultura para ser entregue aos desmatadores e extinguiu órgão sobre mudanças climáticas. “Ele não cumpre a Constituição. Não cuida do meio ambiente. Não dá mais para o governo Bolsonaro. Por isso, somos todos, fora, Bolsonaro”, afirmou.
“Presidente genocida”
Em vídeo, o deputado Paulo Pimenta (PT-RS) saudou o dia nacional da mobilização pelo Fora, Bolsonaro. Segundo o deputado, o povo brasileiro não aguenta mais “um presidente genocida que transformou nosso País em motivo de piada no mundo, um irresponsável que permite, sem nenhuma iniciativa, que o Brasil se torne o novo epicentro do coronavírus do mundo”.
Na opinião de Pimenta, o Brasil tem presidente “que vive em função da proteção de seus familiares, dos seus cumplices, dos esquemas milicianos, do crime organizado com que ele construiu sua trajetória”.
Também pelas redes sociais, o deputado Pedro Uczai (PT-SC) se manifestou: “Na pandemia da Covid-19, Jair Bolsonaro se comporta como um genocida. Ignora a ciência e nem ministro da Saúde nós temos. Já são quase 70 mil mortes e 1,7 milhão de contaminados. Bolsonaro é uma vergonha para o Brasil. Fora, Bolsonaro!”.
E o deputado Zeca Dirceu (PT-PR) escreveu em sua conta no Twitter: “O Fora, Bolsonaro também é por regularização fundiária com justiça, que proteja o meio ambiente, as terras da união, as comunidades tradicionais, indígenas, quilombolas e assentados da reforma agrária. Bolsonaro visa proteger grileiros, garimpeiros e madeireiros ilegais”.
PT na Câmara