A Força Sindical se desvinculou do deputado Paulinho da Força (SD-SP), um dos fundadores do movimento, e não irá apoiar e/ou de manifestações contra o governo, marcadas para acontecer neste fim de semana.
Em declaração ao jornal ‘Folha de S. Paulo’, nesta quarta-feira (12), o secretário-geral da entidade, João Carlos Gonçalves, o Juruna, informou que a Força Sindical não compactua com os sindicalistas filiados ao Solidariedade que eventualmente apoiem as manifestações.
“A gente não vai para esse protesto”, declarou o dirigente.
De acordo ex-presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT) e deputado Vicentinho (PT-SP), esta não é a primeira vez que Paulinho não acompanha a Força Sindical. Durante o processo de votação do projeto de lei 4.330/04, a Lei da Terceirização, a entidade orientou o deputado Paulinho a votar contra, mas ele atendeu ao chamado.
“A Força já tinha tomado uma decisão, desautorizando o próprio Paulo Pereira, e ele votou a favor daquele maldito projeto que afrouxa a terceirização no País inteiro”, lembrou Vicentinho.
Vicentinho apoia a decisão da entidade e vê as manifestações como ato próprio possível dentro de um regime democrático. Para ele, as expressões contra o governo não representam a grande parte da sociedade, têm postura reacionária e golpista.
“Se eles decidiram não participar, isso é um bom sinal de que eles estão no caminho certo com as outras centrais sindicais. Cada um manifesta da maneira que quer e isso faz parte da democracia. Vamos assistir com respeito, apenas. Ali vai ter gente golpista, de extrema direita, mas são posturas minoritárias”, ressalta Vicentinho.
Por Guilherme Ferreira, da Agência PT de Notícias