A Frente Brasil Popular, que reúne entidades civis, sindicais, pastorais, de gênero e raça, LGBT e da juventude, volta às ruas de pelo menos 20 das principais cidades brasileiras nesta sexta-feira (13) em defesa do mandato da presidenta Dilma Rousseff e em apoio à Petrobras.
O movimento rejeita projetos de lei, como do senador tucano José Serra (PSDB-SP), que reduzem o papel da estatal na exploração do pré-sal. A Frente também protesta contra a onda conservadora que o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), implantou no Legislativo.
Um dos líderes do movimento, o presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Vagner Freitas, defende o afastamento de Cunha do cargo. A Frente foi criada em Belo Horizonte no dia 5 de setembro e é apoiada por intelectuais, religiosos, parlamentares e governantes.
Em Brasília (DF), a mobilização se unirá à marcha organizada pela União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (UBES), que também faz parte da Frente. A concentração será no Parque da Cidade e seguirá rumo ao Congresso Nacional a partir das 9h pelo eixo da Esplanada dos Ministérios.
A presidente da UBES, Bárbara Melo, vê a tentativa de impeachment como ameaça de golpe “para tirar do poder a presidenta eleita democraticamente”.
“A principal pauta dos estudantes que irão às ruas será em favor do fortalecimento da democracia. “A gente acredita que devemos ultrapassar a crise econômica e ajudar no desenvolvimento do nosso país para ampliar e consolidar direitos já conquistados”, declarou.
Petroleiros – Outro item dos atos será o apoio à greve dos petroleiros, que não trabalham desde o dia 1° de novembro. O líder dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), Alexandre Conceição, defende a categoria e a Petrobras.
“Estamos vivendo uma ofensiva e ataques contra a Petrobras, que tem por trás disso o capital internacional, as petroleiras privadas dos países centrais e os bancos internacionais, que estão aliados com parte do parlamento, mídia, judiciário e até setores do governo. Estamos falando no maior patrimônio do povo brasileiro que está correndo o risco de ser privatizada”, contextualizou.
A Frente faz uma convocação para um “novembro de luta” pelo mês da consciência negra. Estão agendadas atividades no dia 18, a Marcha das Mulheres Negras, e 20 de novembro, dia oficial da consciência negra.
Por Márcio de Morais, da Agência PT de Notícias