As frentes Povo Sem Medo e Brasil Popular e o Comitê Nacional Lula Livre realizam no próximo domingo (13) o ato nacional “Justiça para Lula”, mantido preso político desde abril do ano passado, na sede da Superintendência da Polícia Federal de Curitiba.
O objetivo da manifestação, que começa às 14h, na Avenida Paulista, em São Paulo, é reforçar as denúncias de crimes e o lawfare que tiraram Lula das eleições de 2018 e pedir que os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) façam julgamentos justos, ao contrário do ex-juiz Sérgio Moro, que condenou Lula sem crime e sem provas.
Até o final deste mês, o STF deve julgar o habeas corpus em que a defesa do ex-presidente pede a suspeição de Moro, que virou ministro da Justiça do governo de Jair Bolsonaro (PSL) e também sobre a prisão a partir de condenação dos réus na segunda instância da Justiça. Dependendo do resultado, presos depois do julgamento na segunda instância, como é o caso de Lula em relação ao tríplex do Guarujá, que não lhe pertence como Moro diz, podem ser beneficiados.
A convocatória da manifestação ressalta as denúncias da Vaza Jato publicadas pelo The Intercept Brasil, El País, Folha, Veja e outros veículos de comunicação que comprovam que o ex-presidente Lula não teve julgamento justo e o ardil dos procuradores da força tarefa da Lava Jato que pediram para Lula ir para regime semiaberto provavelmente para engavetar o HC sobre suspeição de Moro.
“Após sofrer inéditas derrotas, Moro e os procuradores tentaram mais uma vez manobrar contra os direitos de Lula que não se curvou e disse que não aceita ‘barganhar seus direitos e sua liberdade”, diz o texto se referindo a carta que o ex-presidente escreveu dizendo que não troca sua dignidade pela sua liberdade. Lula sempre disse que só sai da prisão quando for inocentado das denúncias mentirosas.
“Tudo o que os procuradores da Lava Jato realmente deveriam fazer é pedir desculpas ao povo brasileiro, aos milhões de desempregados e à minha família pelo mal que fizeram à democracia, à justiça e ao país”, disse Lula na carta lida pelo advogado Cristiano Zanin, na Vigília Lula Livre.
As denúncias da Vaza Jato provocaram reações indignadas em todo o mundo e a mobilização pela liberdade do ex-presidente se intensificou. No mesmo dia, Lula ganhou o título de cidadão honorário de Paris e uma indicação para o Prêmio Jabuti; a campanha para ele receber o Prêmio Nobel da Paz para Lula ganhou novo fôlego e nesta quinta-feira (9), Richard Trunka, presidente da maior central sindical norte-americana, a AFL-CIO, vai a Curitiba entregar-lhe o Prêmio George Meany-Lane Kirkland de Direitos Humanos 2019.
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Por CUT