O ministro da Previdência Social, Carlos Gabas, defendeu, em entrevista ao jornal “Estado de S. Paulo” divulgada nesta segunda-feira (23), o fim do fator previdenciário. De acordo com o ministro, a ideia é substituir o fator previdenciário, criado durante o governo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB).
“Com o fator previdenciário, ao se aposentar cedo, a pessoa recebe um benefício menor, mas esse benefício serve como complemento de renda. Daí quando a pessoa para mesmo de trabalhar, ela fica apenas com aquela aposentadoria pequena”, criticou o ministro.
A fórmula criada em 1999 considera o tempo de contribuição, alíquota e expectativa de vida do trabalhador no momento da aposentadoria. Gabas informou defender o conceito 85/95 como ponto de partida. Caso aprovada, a fórmula somaria, então, a idade com o tempo de serviço – 85 anos para as mulheres e 95, para homens.
“Nós defendemos aqui, quando essa discussão chegar, uma soma de idade com tempo de contribuição, para defender o trabalhador mais pobre. Seria 85 para mulher e 95 para homens, mas tem fórmulas dentro disso. O 85/95 é um conceito, um pacote político, para iniciar as discussões”, explicou o ministro.
Para Gabas, a Previdência deve ser considerada como uma “substituta de renda” e não apenas um complemento. O ministro voltou a defender as alterações nas regras previdenciárias e informou que explicará as medidas ao Congresso Nacional.
“Temos agendados encontros com vários segmentos dentro do Congresso, vamos aos deputados e explicar as medidas. Elas são importantes, têm o papel de manter a sustentabilidade da sociedade”, disse.
Da Redação da Agência PT de Notícias, com informações do jornal “Estado de S. Paulo”