É certo que nos governos do PT a juventude obteve conquistas como nunca antes na história do Brasil, seja através da ampliação de vagas nas universidades e nas escolas técnicas, a criação do ProUni, Reuni, Fies, Ciências Sem Fronteiras, a criação da Secretaria Nacional de Juventude, do Estatuto da Juventude e até mesmo programas mais recentes como o IDJovem, que garante meia entrada em eventos culturais e esportivos, além de proporcionar viagens interestaduais grátis aos jovens de baixa renda; todos estes conquistados nos governos petistas. Também é certo que que a juventude ainda tem muito a conquistar, a melhoria de vida da juventude também traz o desafio de apresentar novos direitos a serem conquistados por essa parcela da sociedade, como o trabalho decente, a democratização da educação, a mobilidade urbana, vida segura, combate ao racismo, o machismo e a homofobia.
Infelizmente no momento em que a democracia brasileira sofre um golpe gerado por uma elite que não tolera a partilha de direitos e oportunidades, o governo golpista promove uma série de demonstrações claras de sexismo, racismo e preconceito de classe, que envolvem e afetam sobretudo a juventude, colocando em risco as políticas que implementamos até o segundo governo da presidenta Dilma.
Hoje recebemos dos mais jovens claros sinais de esgotamento no sistema político-partidário e o avanço de uma nova direita reacionária e conservadora, por isso o PT deve estar preparado para construir a ampliação do diálogo com a juventude negra, feminista, LGBT, do campo, da periferia, da cultura e também os estudantes objetivando a construção de uma nova hegemonia cultural, fazendo a disputa de ideias e opiniões deslocando a disputa política também para o campo social, onde a juventude seja protagonista na apresentação de uma nova política de drogas, tenha capacidade de travar as batalhas da comunicação de massas com grupos conservadores e oligopolistas, faça o debate sobre a desmilitarização da polícia, contribua na real reforma política, visando a democratização da democracia através de mecanismos que coíbam a influência do poder econômico nas eleições e faça o debate sobre as reformas estruturantes que o Brasil necessita.
É preciso ainda que façamos o posicionamento claro e objetivo com relação aos temas da atual agenda política; o golpe segue seu rumo, mas os golpistas já não estão mais tão unidos e agora promovem o agravamento da crise, diante disso, a juventude deve estar convencida de que para restabelecermos a normalidade democrática no país, é necessária a realização de eleições diretas, com a soberania popular para que o povo tenha o direito de decidir os rumos do país visando a retomada do e a saída da grave crise que vivemos.
Assim como em vários momentos da história, novamente, no centro da engrenagem, a contra mola que resiste é a juventude. Conosco que o PT deve se engajar.
Por Gabriel Fidelis Santos Eduardo, jovem, estudante de Direito, vice-presidente do PT em Luziânia – GO, para a Tribuna de Debates do PT. Saiba como participar.