Os geólogos se uniram contra a venda da área de Carcará, no pré-sal, pela Petrobras à estatal norueguesa Statoil. A negociação de US$ 2,5 bilhões, considerada uma “depredação do patrimônio dos brasileiros” pela categoria, foi anunciada no dia 29 de julho pela estatal brasileira.
A venda faz parte da estratégia do programa de venda de ativos da Petrobras com o objetivo de enfrentar a crise, depois que Pedro Parente assumiu a presidência da companhia, com o afastamento da presidente Dilma Rousseff. Foi a primeira negociação envolvendo reservas do pré-sal.
Segundo reportagem de Nicola Pamplona, do jornal “Folha de S. Paulo”, a Febrageo (Federação Brasileira dos Geólogos) promete tentar reverter a negociação com uma ação na Justiça. A entidade, que representa 18 associações profissionais de geólogos e os sindicatos da categoria de Minas Gerais e São Paulo, questiona o valor que foi feita a venda.
“Pela experiência de geólogos e especialistas que já trabalharam com o pré-sal, a área de Carcará pode ter mais petróleo do que o anunciado”, contesta o presidente da Federação, João César de Freitas.
Em carta aberta divulgada neste ano, a Febrageo já havia condenado a proposta de Lei de Partilha, defendida por Parente, chamada pela entidade de “retrocesso”.