Empresários do setor de bares e restaurantes do Brasil, um dos mais afetados pela pandemia de covid-19, estão otimistas diante do momento econômico atual, no qual registraram, nos três primeiros meses de 2024, faturamento superior a R$ 100 bilhões. A projeção é que o segmento fature cerca de R$ 430 bilhões até o final do ano.
O faturamento dos serviços de alimentação, em especial de bares e restaurantes, avançou 5,2%, já descontada a inflação, em relação ao mesmo período do ano passado. É o que revela a ANR (Associação Nacional dos Restaurantes), por meio de estudos da consultoria Future Tank.
Para Fernando Blower, diretor executivo da ANR, “o resultado reflete o cenário de preços e custos estáveis, tanto para o consumidor final quanto para os estabelecimentos”.
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Os resultados positivos divulgados levam em consideração os dados do PIB trimestral publicados pelo IBGE, pelos quai, neste segmento, o aumento do consumo das famílias chegou a 1,5%, diante de um crescimento de 0,8% no geral. A ABRASEL (Associação Brasileira de Bares e Restaurantes) estima, para este ano, crescer 3,3%, em relação ao ano passado.
Paulo Solmucci, presidente executivo da Abrasel, considera que “um dos principais fatores para este crescimento é o aumento da renda média domiciliar per capita, atualmente em R$ 1.848 por mês, maior patamar de uma série histórica de 12 anos”.
Além disso, ele destaca que “a criação de vagas de emprego na sociedade, hoje com taxa de desempregados abaixo de 7%, também contribui para isso.” Foram criados, até abril deste ano, 958 mil vagas formais de emprego, segundo o Ministério do Trabalho.
Consequência do aumento do faturamento no setor, que resulta em maior demanda de mão-de-obra, bares e restaurantes também registram crescimento no emprego, revelam dados da PNAD (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua). Em fevereiro último foram criadas 16 mil novas vagas, na comparação com o mês anterior.
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Da Redação