Partido dos Trabalhadores

Gestoras e diretoras das Casas da Mulher Brasileira se reúnem pela primeira vez

Atividade inédita realizada em Brasília estimulou trocas de experiências e a unificação de protocolos de atendimento dos equipamentos que são fundamentais para a segurança das mulheres vítimas de violência

Marcelo Camargo Agência Brasil

A atividade teve como objetivo gerar debate e trocas de informações sobre como é realizado o atendimento dentro das realidades e diversidades de cada localidade

Foi realizado entre os dias 17 e 18 de julho, em Brasília, o 1° Encontro Nacional das Casas da Mulher Brasileira. A iniciativa do evento é da Secretaria Nacional de Enfrentamento à Violência contra Mulheres do Ministério das Mulheres.

A atividade teve como objetivo gerar um debate e trocas de informações sobre como é realizado o atendimento dentro das realidades e diversidades de cada localidade, e contou com a participação das coordenações e colegiados gestores das sete unidades em funcionamento no país, e com os Organismos de Políticas para as Mulheres (OPMs) dos estados e municípios onde elas estão localizadas. São eles: Campo Grande (MS), Curitiba (PR), Fortaleza (CE), São Paulo (SP), Boa Vista (RR), Ceilândia (DF) e São Luís (MA). A proposta é que os diálogos possam subsidiar a atualização das diretrizes e protocolos de atendimento da Casa da Mulher Brasileira. 

A ação faz parte da retomada do programa Mulher Viver sem Violência, anunciado em 8 de março, Dia Internacional das Mulheres, com a construção de 40 novas Casas em parceria com o Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP). 

Segundo a ministra Cida Gonçalves, o encontro marcou um novo momento nas políticas de enfrentamento à violência contra a mulher, com Secretarias Estaduais e Municipais atuando junto ao Ministério das Mulheres por um único objetivo: tolerância zero aos feminicídios. 

Ela destacou o empenho das gestoras que estavam à frente das Casas durante os últimos anos. “Meu muito obrigada a todas vocês que durante os seis anos estiveram na trincheiras das políticas públicas pelas mulheres, que resistiram onde nada mais era possível, que  ficaram na CMB, mesmo sem apoio nenhum As políticas para as mulheres ficaram em último plano”, afirmou a Gonçalves. 

Para a ministra, o fundamental e estratégico é salvar a vida das mulheres, com o apoio das Casas: “No Ministério das Mulheres, desde que nós assumimos em janeiro, com o apoio do presidente Lula, essa é uma política prioritária de governo com foco no feminicídio zero. E para termos isso há muitas ações a serem feitas com ações de prevenção e conscientização. Ações de atendimento, fortalecimento individual da autonomia econômica, política e financeira de cada mulher que passa pelo nosso serviço. Nós sabemos que precisamos transformar essa mulher em uma cidadã capaz de pensar. Portanto, esse é um desafio que nós temos que enfrentar. Para termos feminicídio zero nós temos que enfrentar a impunidade, o ódio.”

Segundo a ministra, a CMB é a grande referência no estado, mas que é necessário descentralizar os equipamentos das capitais para o interior do País a fim de atender a mais mulheres.

O que é a CMB? 

A Casa da Mulher Brasileira é um espaço de acolhimento e atendimento às mulheres em situação de violência, facilitando o acesso destas aos serviços especializados e garantindo condições para o enfrentamento da violência, o empoderamento e a autonomia econômica das usuárias. A construção, a manutenção e a ampliação das Casas da Mulher Brasileira integram o programa ‘Mulher Viver Sem Violência’.

Segundo o Ministério das Mulheres, a Casa da Mulher Brasileira é uma inovação no atendimento humanizado às mulheres, e compõe um dos eixos do programa Mulher, Viver sem Violência, que busca facilitar o acesso aos serviços especializados para garantir condições de enfrentamento à violência, o empoderamento da mulher e sua autonomia econômica. 

Integra no mesmo espaço serviços especializados para os mais diversos tipos de violência contra as mulheres: acolhimento e triagem; apoio psicossocial; delegacia; Juizado; Ministério Público, Defensoria Pública; promoção de autonomia econômica; cuidado das crianças – brinquedoteca; alojamento de passagem e central de transportes.

Da Redação do Elas por Elas com informações do Ministério das Mulheres