O secretário de Relações Governamentais da prefeitura de São Paulo, José Américo, afirmou que o ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), se “desqualificou” ao proferir voto a favor do financiamento empresarial de campanhas eleitorais.
“Foi a fala de alguém inconformado, para não dizer despeitado, com a derrota, porque percebeu que vai perder a questão no Supremo”, afirmou à imprensa após reunião do Diretório Nacional do PT, em São Paulo (SP), nesta quinta-feira (17).
Para Américo, o ministro do STF “está fazendo uma guerra contra o partido, que está contribuindo para melhorar a situação das eleições ao abrir mão da contribuição empresarial”.
O secretário de Haddad interpreta a postura de Gilmar Mendes como a de um ministro que “ficou incomodado também com a posição altiva do PT na questão do financiamento”.
Nesta quarta-feira (16), Gilmar Mendes proferiu seu voto a favor do financiamento privado no julgamento da Ação Direta de Inconstitucionalidade 4.650, de autoria da Ordem dos Advogados do Brasil.
O argumento da OAB tem como base a determinação da Constituição de “todo poder emana do povo e em seu nome será exercido”, enunciado este que, segundo a ordem, é desrespeitado quando o poder econômico das empresas distorce a relação de poder por desequilibrar as disputas eleitorais.
Em abril, o presidente nacional PT, Rui Falcão, anunciou que a legenda não mais receberá doações de empresas privadas.
Da Redação da Agência PT de Notícias, com informações da “Rede Brasil Atual”