Partido dos Trabalhadores

Gleisi: “A luta do PT é a da igualdade, a luta da vida do povo brasileiro”

À Focus Brasil #155, presidenta do PT fala, entre outros temas, do papel fundamental da militância na superação das fases difíceis do partido e na caminhada rumo à vitória nas eleições municipais

Alessandro Dantas

A presidenta nacional do PT, deputada federal Gleisi Hoffmann (PR)

Em entrevista à Focus Brasil #155, a presidenta nacional do PT, deputada federal Gleisi Hoffmann (PR), fala, entre outros temas, sobre os principais momentos dos 44 anos de história do partido. Em um dos trechos, a parlamentar dedica uma atenção especial à militância petista, cuja força garantiu a superação das fases mais difíceis, culminando na volta de Lula à presidência, e, agora, alavanca o partido rumo à vitória nas eleições municipais.

“Nós chegamos até aqui, apesar de todos os problemas que enfrentamos. E a militância do PT foi fundamental para ajudar o povo brasileiro a vencer o autoritarismo, a vencer a extrema direita, foi para a rua, militou e agora, de novo, nós estamos nas eleições”, diz Gleisi à revista editada pela Fundação Perseu Abramo (FPA).

“Nós temos que ter orgulho de ser petistas, de ter o 13 no coração, de fazer essa luta, porque é a luta da igualdade, é a luta da vida do povo brasileiro, é a causa que nos fundou, é o que nos mantém vivos até agora”, acrescenta.

Gleisi diz acreditar que, na campanha eleitoral que se inicia, “nossa militância vai para a rua sim, vai estrelar no peito, vai defender o 13, vamos eleger nossos candidatos a prefeitos, e prefeitas, vereadores, vereadoras e nunca nos pode faltar a esperança, o verbo esperançar; é isso que nos move e vai continuar nos movendo”.

A parlamentar prossegue destacando as grandes contribuições que o PT deu e continuará dando ao país e à população. “O PT melhora a vida do povo brasileiro”, enfatizou. 

Contribuições que já estão sendo dadas pelo Time do Lula nas campanhas municipais, com os candidatos e candidatas em diálogo constante com a população sobre a importância das prefeituras para que políticas públicas e os recursos do governo federal cheguem às cidades.

Gleisi destaca ainda as estratégias do partido para eleger um grande número de prefeitos e vereadores, a exemplo das alianças com outras legendas do campo democrático.

“Não só quantos candidatos o PT elegeu entre prefeitos e prefeitas, vereadores e vereadoras, mas quantos candidatos do campo progressista e popular democrático elegeu. Porque é esse campo que vai enfrentar a extrema direita”, frisa Gleisi sobre o que está em disputa nestas eleições.  

Organização e preparação

Nesse contexto, ela comemora a “animação dentro do PT, da Federação, da nossa base, em participar do processo eleitoral” e ressalta que a base “está mais organizada, mais preparada do que nós estávamos em 2020”.

“Temos um número um pouco maior de candidaturas a prefeito. Nós tivemos em 2020, 1.209 candidatos e candidatas a prefeito, agora nós temos 1.380 e ainda temos a Federação, portanto teremos no total, 1.534 candidatos a prefeitos e prefeitas”, assinala Gleisi.

“É o terceiro maior número de candidaturas registradas. Vamos ter, pelo PT, 26.600 candidatos a vereadores e vereadoras. Na Federação, vamos ter 33.900. Então, eu considero números muito positivos”, detalha.

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Avanços econômicos

Outro tema da entrevista à Focus Brasil é a sucessão de bons resultados registrados na economia durante o governo Lula, a exemplo do crescimento do PIB brasileiro em 1,1% no segundo semestre, na comparação com igual período de 2023.

“O crescimento do PIB está diretamente relacionado às iniciativas do governo do presidente Lula. Primeiro, em relação à renda, foram iniciativas muito positivas”, diz a presidenta do PT.

“O aumento real dos salários mínimos que beneficiou grande parte da população, principalmente os aposentados, o Bolsa Família, que foi turbinado, aumentando também o valor de repasse médio para as famílias, a desoneração da tabela do imposto de renda até dois salários mínimos, a renegociação da dívida das pessoas, isso tudo gerou renda para a população”, prossegue.

O BC e o ataque especulativo ao país

Geisi também comentou a notícia da Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (Cepal) que mostra que o real está valorizado em comparação a outras moedas, mesmo que o Brasil venha sofrendo uma forte campanha de desestabilização por parte do mercado, com participação do atual presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto. 

A deputada diz estar confiante de que as mudanças no comando do BC no fim do ano abrirão o caminho para que o Brasil se fortaleça ainda mais na retomada do desenvolvimento. 

“Eu acredito que sim. E espero que sim. Que as mudanças do Banco Central nos levem a uma nova política monetária, e daí, por consequência cambial, positiva para o Brasil. Porque os juros hoje não correspondem à realidade. A nossa inflação está super controlada. Nesses últimos seis meses tivemos uma das menores inflações dos últimos tempos”, frisa Gleisi.

“E se a gente pegar mesmo nos últimos 12 meses, ela está dentro da banda da meta. Então, não precisava desses juros extorsivos. Eu espero muito que o Banco Central tenha atenção para isso”, ressalta.

Na entrevista, a presidenta do PT também alerta para os prejuízos causados pelos juros altos do BC ao orçamento das políticas públicas.

“Esses juros altos do Banco Central impactam o orçamento da União, drenam dinheiro. Ao invés de nós termos dinheiro para aplicar em mais programas sociais, em mais projetos de renda, nós temos que colocar dinheiro para pagar juros extorsivos da dívida pública, por isso que ele é nefasto para o Brasil”, diz.

“E ele impacta, claro, nas taxas de juros praticadas no mercado para o consumidor, na taxa do cartão de crédito, do cheque especial, no crédito em si. Então, as pessoas ficam mais retraídas. Por isso que é muito, muito importante que o Banco Central seja um Banco Central adequado à realidade que nós estamos vivendo, que é, sim, de uma normalidade na macroeconomia”, afirma.

Clique aqui para ver a íntegra da entrevista.

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Da Redação