A senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR) destacou, em fala no plenário do Senado nesta terça-feira (30), o machismo predominante nesse processo de impeachment contra a presidenta eleita Dilma Rousseff.
“Misoginia e sentimentos machistas contra Dilma afloram e engrossaram o coro contra a presidenta”, afirmou.
Gleisi lembrou que depois de um retirante fugido da seca no Nordeste ser presidente da República (Lula), assumiu a Presidência uma mulher que lutou contra a ditadura e pela democracia. E isso não agradou a elite do País.
“A primeira mulher presidenta tem um enorme significado e um impacto profundo entre as mulheres e os mais pobres”, disse.
E ressaltou que, com Lula e Dilma, as iniciativas de promoção e proteção às mulheres avançaram “à galope”.
“Claro que isso incomoda muita gente. Derrubar Dilma tem esse ingrediente a mais, que é mandar a mulher de volta para casa, de preferência para a cozinha”, destacou, citando como prova o governo golpista de Michel Temer sem mulheres.
Ao falar em Temer, a senadora afirmou que o “maior desastre da história desse País será transformar o interino e definitivo”.
“Nossas elites fazem girar a roda da história para trás. Toda vez que avançamos nas conquistas sociais, marretam os avanços”, completou.
Para a senadora petista, com Lula e Dilma, o Brasil elegeu pela primeira vez o povo brasileiro como protagonista.
“O povo que provou o gosto de ser sujeito da sua própria história, não vai voltar ao chicote”, garantiu.
Segundo Gleisi, Dilma e seu advogado, o ex-ministro da Justiça José Eduardo Cardozo, desconstruíram todas as teses do golpe.
“Todas as teses que sustentavam haver crime se dissolveram no ar”, afirmou.
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Por Luana Spinillo, da Agência PT de Notícias