Luiz Inácio Lula da Silva será o candidato do Partido dos Trabalhadores à Presidência da República porque é o líder político mais apto a trazer de volta a estabilidade ao Brasil, suas instituições e sua economia. Foi esta basicamente a informação que a presidenta do PT, senadora Gleisi Hoffmann, levou aos jornalistas na tarde desta sexta-feira (8), em Contagem (MG), em entrevista coletiva prévia ao pré-lançamento da candidatura de Lula a presidente.
Respondendo às perguntas da imprensa presente no local, Gleisi explicou que a campanha de Lula se dará mantendo-se ele como preso político ou em liberdade. “A lei permite que se registre sua candidatura, ele não tem condenação transitada em julgado, há centenas de casos semelhantes que á ocorreram no Brasil. Assim, em que pese ser nossa maior prioridade libertar Lula de sua prisão política, a verdade é que ele será candidato de uma forma ou de outra, esteja onde estiver, para que prevaleça a vontade do povo brasileiro e o bem do país”, disse Gleisi.
Perguntada sobre como se daria sua campanha eleitoral no caso da prisão política ser mantida ao longo dos próximos meses, a presidenta do PT explicou: “Primeiro, estamos pleiteando junto à Justiça o direito de Lula se expressar por meio de vídeos, uma vez que ele não está com seus direitos políticos cassados e, portanto, tem direito de se comunicar. Mas, para além disso, o nome de Lula é tão forte, as pessoas têm gravado na memória tão fortemente as benesses que ocorreram durante seus governos, que ele pouco precisa falar. As pessoas lembram muito bem como suas vidas eram melhores no tempo do Lula”.
Alguns jornalistas, mais uma vez, insistiram para que a presidenta do PT dissesse algum nome alternativo à candidatura de Lula, mas foi – como sempre tem sido – inútil. “Não trabalhamos com a hipótese de ser cometida mais esta violência contra Lula e contra o país. Não existe plano B. Nosso candidato é Lula. Não existe Plano B”, repetiu.
Finalmente, Gleisi falou também a respeito do arco de alianças que o PT está articulando para a campanha presidencial. “Já temos uma frente de partidos de esquerda e centro-esquerda de luta pela democracia e ela liberdade de Lula. Estamos trabalhando para estender este alinhamento para a esfera eleitoral. É perfeitamente viável a criação de um arco de alianças de esquerda.”
Por Vinícius Segalla, da Agência PT de Notícias, em Contagem (MG)